Ação do Ministério Público Federal em Campinas atribui improbidade à ex-jogadora de basquete em convênios da Pasta com ONG ‘Pra frente Brasil’ entre 2006 e 2011 (governos Lula e Dilma).
A Justiça Federal decretou a indisponibilidade dos bens imóveis registrados em nome de 20 réus, entre pessoas físicas e jurídicas, envolvidos em supostos desvios de recursos provenientes de convênios com o Ministério dos Esportes entre 2006 e 2011 (governos Lula e Dilma). A decisão acolhe ação civil de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal em Campinas no ano passado.
Por meio da ONG ‘Pra frente Brasil’, fundada e coordenada pela ex-jogadora de basquete, Karina Valéria Rodrigues – também ex-vereadora no município de Jaguariúna (SP) -, segundo a Procuradoria da República, os acusados teriam simulado várias licitações naquele período, inclusive com uso de empresas de fachada, para se apropriar de verbas do Programa Segundo Tempo ( Ministério dos Esportes), destinado ao incentivo de jovens à prática de esportes. Os prejuízos aos cofres públicos passam de R$ 13 milhões, segundo a ação.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 30, pelo site do Ministério Público Federal. Os réus da ação de improbidade já respondem a dois processo criminais. Os números dos processos penais são 0009346-51.2012.4.03.6105 e 0003833-34.2014.4.03.6105. A ação de improbidade administrativa tem o número 0008060-67.2014.403.6105. Para acompanhar a tramitação das ações, acesse http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/.)
O esquema foi descoberto em 2012 na Operação Gol de Mão, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal, Procuradoria da República e Controladoria-Geral da União.
A ONG de Karina, um dos pivôs do escândalo que derrubou em 2011 o então ministro, Orlando Silva, do PC do B, recebeu da União mais de R$ 25 milhões. O ex-ministro, hoje deputado federal por São Paulo, não é citado na ação de improbidade.
Segundo a ação do Ministério Público Federal, “a principal articuladora das fraudes era a ex-vereadora de Jaguariúna Karina Valéria Rodrigues”.
A ação destaca que em 2003, ela montou, junto com outros integrantes do esquema, a ONG ‘Bola Pra Frente’, depois denominada ‘Pra Frente Brasil’. “Embora não figurasse oficialmente no quadro administrativo da organização, Karina era a verdadeira gestora das atividades. Entre 2006 e 2010, a entidade celebrou nove convênios com o Ministério dos Esportes, em valor total de R$ 25,9 milhões, para a execução de projetos do Programa Segundo Tempo.
A Procuradoria afirma, ainda, que “as quantias repassadas seriam usadas para gastos como a remuneração de monitores das atividades esportivas, lanche dos beneficiários, equipamentos e uniformes”.
Foto: JCHolambra
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