Décima fase está sendo cumprida desde as 6h desta segunda-feira (16).
Ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi preso na casa dele no RJ.
A Polícia Federal cumpre a 10ª fase da Operação Lava Jato desde as 6h desta segunda-feira (16) no Rio de Janeiro e em São Paulo. Conforme a PF, serão cumpridos: dois mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.
Ainda conforme a PF, um dos mandados é contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ele foi preso na casa dele, no Rio de Janeiro. O ex-diretor já havia sido preso durante a sétima fase da operação, em dezembro, mas conseguiu um alvará de soltura dias depois.
O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do Cachoeira, também foi preso.Todos os presos serão trazidos para o Paraná, ainda conforme a PF. Entre os crimes investigados nesta etapa da operação estão associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Em janeiro um documento foi encaminhado pelo procurador Rodrigo Janot ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a revogação do habeas corpus de Duque. Janot considerava que Duque poderia fugir do país.
Duque foi apontado por dois delatores da Lava Jato como um dos funcionários da Petrobras que recebiam propinas de empresas que firmavam contratos com a estatal. O nome dele aparece em depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e de Pedro Barusco, que era gerente de Serviços e subordinado de Duque na estatal. O doleiro Alberto Youssef também citou o nome de Duque em depoimentos referentes aos desvios da Petrobras.
O ex-diretor deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no dia 3 de dezembro. O habeas corpus concedido a ele foi assinado pelo ministro Zavascki, que acatou um pedido da defesa para revogar uma decisão do juiz federal Sérgio Moro, o qual decretou a prisão preventiva do executivo da Petrobras.
O advogado Alexandre Lopes de Oliveira, que representava Duque à época da prisão do ex-diretor, foi procurado pelo G1, mas não foi encontrado para comentar o documento assinado por Janot.
Fonte: Adriana Justi/http://g1.globo.com/
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