Jack Rosenthal |
O mundo comemora nesta terça-feira os 70 anos da chegada das tropas soviéticas ao complexo de campos de concentração e extermínio Auschwitz-Birkenau e a consequente libertação dos últimos prisioneiros do local no dia 27 de janeiro de 1945.
Ao todo, estima a fundação Auschwitz Museum, 50 mil pessoas foram levadas para outros campos dias antes da tomada do complexo pelo exército vermelho, que conseguiu resgatar sete mil com vida. Segundo a entidade, 1,5 milhão de prisioneiros (homens, mulheres, crianças e idosos) foram executados ao longo dos cinco anos de funcionamento de Auschwitz-Birkenau.
Atualmente, apenas 300 sobreviventes que testemunharam os horrores daquele local estão vivos e a judia Miriam Ziegler, 79 anos, faz parte deste grupo. Em 1940, ela fugiu da cidade de Radom (Polônia) com sua família, que acabou separada por um tempo.
Escondida na fazenda de um conhecido, contou ela ao canal canadense CTV News, assumiu o papel de sobrinha daquele homem, pois tinha medo que os oficiais alemães descobrissem a sua verdadeira identidade. Reencontrou a família logo depois e, aos 8 anos, foi enviada com eles para Auschwitz.
A partir daquele momento, sua memória passou a falhar, ou talvez tenha ficado mais seletiva. Recorda-se de que foi levada para um local cheio de crianças, onde encontrou primos e fez amigos.
Era nestas pessoas que os oficiais do complexo realizavam experimentos médicos. “Algumas voltavam, outras não”, relatou ela. “Uma vez estive entre as escolhidas e lembro apenas de ter sido levada de volta ao dormitório com dores nas pernas e no quadril.”
Miriam foi uma das pessoas libertadas pelos soviéticos e viveu em orfanatos até ir para o Canadá, onde se estabeleceu. Reencontrou sua mãe anos depois e se casou com outro judeu que, como ela, viveu a dor do holocausto. “Tive a sorte de sobreviver”, finalizou.
Nas imagens, conheça outros ex-prisioneiros de Auschwitz que ainda estão vivos para contar as suas histórias.
Fonte: Gabriela Ruic/http://exame.abril.com.br/
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