No segundo semestre de 2005, Lula foi à tv, na condição de presidente da República, e pediu perdão aos brasileiros . Seu governo e o PT haviam sido atropelados pela denúncia de pagamento de propina mensal a deputados federais.
Na semana passada, em Lisboa, durante entrevista a um canal de TV português, Lula afirmou que o julgamento do mensalão teve “80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”. Sobre os condenados, esquivou-se: “Não se trata de gente da minha confiança”.
Lula não tem compromisso com o que diz. Diz o que lhe parece mais conveniente. A levá-lo a sério, seria de estranhar a afirmação de que condenados como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha não são gente da confiança dele.
Dirceu coordenou a campanha de Lula a presidente em 2002. Depois foi promovido a ministro-chefe da Casa Civil. José Genoino presidia o PT quando estourou o escândalo do mensalão. João Paulo Cunha presidia a Câmara dos Deputados.
O Supremo Tribunal Federal, que condenou os mensaleiros e, agora, é alvo de críticas de Lula, foi montado em grande parte de acordo com o gosto do ex-presidente. Lula nomeou seis dos 11 ministros.
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.