Reprovado duas vezes seguidas pelo Ministério da Educação (MEC), o curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, está proibido de matricular novos estudantes neste ano.
A universidade já recorreu contra a determinação, mas sem sucesso.
Nesta segunda e amanhã, uma nova comissão de especialistas irá verificar se a instituição adotou medidas previstas num termo de compromisso para sanar deficiências.
Dependendo do resultado, as matrículas poderão ser liberadas.
O curso da UFPR é um dos 270 punidos pelo MEC em dezembro, em todo o país, devido à reprovação nos ciclos avaliativos de 2009 e 2012.
Nas duas ocasiões, recebeu nota 2, na escala de 1 a 5 do chamado Conceito Preliminar de Curso.
O atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, estudou jornalismo na UFPR.
Calouro de Traumann à época em que ambos eram universitários, o hoje professor do curso Mario Messagi Júnior põe a culpa nos alunos, que teriam boicotado o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), jogando o conceito da faculdade para baixo.
- Essa nota é resultado de boicote ao Enade. Um boicote parcial - diz Messagi Júnior, que faz parte do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade.
Ele lamenta que o MEC tenha anunciado a suspensão de ingresso após a realização do vestibular, no início de dezembro. A tuma de aprovados não pôde matricular-se.
O curso de Publicidade e Propaganda, que também foi reprovado e estava na mesma situação, conseguiu reverter a situação em dezembro.
No caso do Jornalismo, porém, o MEC manteve a proibição.
As aulas na UFPR começaram na última segunda-feira. No curso de Jornalismo, porém, não há turma de calouros, só as do segundo período em diante.
Segundo Messagi Júnior, o termo de compromisso prevê a reformulação do currículo em 2015, a instalação de biblioteca (a que existia funcionava em outro câmpus) e a realização periódica de autoavaliações.
- A gente vai reverter isso. Temos 30 alunos com o coração na boca - diz o professor.
Fonte: Demétrio Weber/http://oglobo.globo.com/
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