Rachado, o PT de Pernambuco anunciou nesta sexta-feira (22) um acordo entre os dois candidatos que iriam disputar no domingo (24) a presidência do diretório estadual do partido, no segundo turno das eleições internas da sigla.
O objetivo do acordo é fortalecer a unidade do PT no Estado para fazer frente, em 2014, à hegemonia estadual do PSB do governador Eduardo Campos.
A deputada estadual Teresa Leitão, que havia vencido por 58 votos o primeiro turno das eleições internas, será presidente nos dois primeiros anos do mandato, tendo como vice Bruno Ribeiro, que havia ficado em segundo lugar. Nos dois anos finais, trocam de postos: Ribeiro será presidente e Teresa, vice.
Em nota, o partido informou que o acordo tem como "principal objetivo estratégico [] fortalecer a candidatura à reeleição da presidenta Dilma, obtendo uma expressiva vitória em Pernambuco".
"Para tal, o PT constituirá comissão política para analisar os melhores cenários, priorizando a possibilidade de lançar candidatura [ao governo estadual], em sintonia com o debate nacional", acrescenta a nota.
Para Ribeiro, que começará o mandato como vice, a unidade do partido será necessária para mostrar aos eleitores que conquistas do governo de Pernambuco se devem, segundo ele, ao PT.
"O que o PSB vem construindo em Pernambuco foi com ajuda do PT nos governos Lula e Dilma. E em 2014 nós vamos reivindicar nossa parte", disse, citando investimentos federais no Estado.
DIVISÃO
Na disputa pela presidência do diretório do PT em PE, Ribeiro (da corrente Construindo um Novo Brasil) teve apoio do senador Humberto Costa e dos deputados federais João Paulo Lima e Pedro Eugênio, atual presidente estadual.
Teresa (da corrente Coletivo PT Militante) teve apoio do ex-prefeito do Recife João da Costa.
Os conflitos internos do PT no Estado se agravaram no ano passado, após a direção nacional do partido impedir a tentativa de reeleição do então prefeito João da Costa.
Houve intervenção, e o senador Humberto Costa foi o candidato petista. O vencedor foi o candidato de Eduardo Campos (Geraldo Júlio, atual prefeito) e Humberto ficou em terceiro lugar, encerrando hegemonia de 12 anos do partido na prefeitura da cidade.
Fonte: Reynaldo Turollo Jr./Folha de São Paulo
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