Bastaram dois dias de Brasília para que Lula subisse de vez no palanque da sucessão de 2014 e assumisse desde já o posto de maior cabo eleitoral da reeleição da presidente Dilma Rousseff.
De lá, da cidade onde governou o país por oito anos, direcionou ataques a prováveis adversários do PT.
À ex-petista e hoje socialista Marina Silva destinou uma crítica mais cortante. Afirmou que ela não deve aceitar com facilidade algumas lições de economia que está recebendo.
“Ela precisa acompanhar com mais gente o que era o Brasil antes de a gente chegar (ao governo)”, disse.
Ao antigo aliado de primeira hora, governador e presidenciável Eduardo Campos, Lula mandou apenas o alerta de que ele “não sabe onde está se metendo” ao ter a ex-senadora como “sombra”.
O ex-presidente, ao que parece, cultiva, pelo menos publicamente, um acordo tácito de não agressão com o socialista.
Para rebater ataques de Eduardo ao Bolsa Família e ao Mais Médicos, por exemplo, recorreu ao Facebook. E, ainda assim, não citou nomes. Tratou de generalizar e se referiu “àqueles que são contra” os programas.
Mas, mesmo sem entrar no embate, Lula usou a mesma internet para avisar, em vídeo postado no YouTube, que prepara-se para vir Pernambuco.
Se não apareceu em 2012, facilitando a derrocada do PT na disputa pela Prefeitura do Recife, anuncia que em 2014 o riscado será diferente.
Pode até não rebater Eduardo com declarações, mas deve partir para o confronto no corpo a corpo pelo eleitorado do estado onde nasceu e que mais visitou como presidente.
A terra dos altos coqueiros vai voltar a ser palco de batalhas históricas.
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.