Não deve ter sido à toa que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável do PSB, confirmou presença num evento do partido nove dias depois de mais uma visita de Dilma Rousseff ao Rio Grande do Norte.
Dilma estará amanhã (2) em Ceará-Mirim, inaugurando novas unidades do IFRN e entregando diplomas a 4 mil formandos do Pronatec.
Já Eduardo Campos estará dia 11 em Mossoró num evento do PSB organizado pelo grupo da deputada federal Sandra Rosado, ex-líder do partido e pessoa de grande prestígio junto ao presidente nacional do PSB.
Tanto Dilma como Eduardo Campos vêm fazer campanha eleitoral antecipada. A presidente tem como disfarçar a visita com inaugurações. Já Eduardo nem precisa disfarçar nada. Vem sentir o pulso de correligionários no Estado e manter seu nome em evidência.
Apesar de Dilma ter voltado a crescer na intenção de votos e Eduardo patinar nas pesquisas, o governador pernambucano será um calo que pode incomodar a presidente na Região Nordeste, subtraindo-lhe votos preciosos numa disputa que pode contar com cinco candidaturas de peso - Dilma, Marina, Aécio, Serra e Eduardo Campos.
Eu estou curioso para ver a movimentação dos políticos locais do PT e do PSB em torno dos dois visitantes.
Apesar de Eduardo Campos ter devolvido os cargos que o PSB ocupava no governo federal, a turma do PSB local não quer saber de largar Dilma e os espaços federais.
Já Wilma de Faria, do partido do Eduardo, não quer perder o PT de vista para eventual aliança no próximo ano.
No Rio Grande do Norte, PT e PSB ainda estão juntos e misturados com vistas ao palanque estadual de 2014. Mas ninguém sabe por quanto tempo. Com o passar dos meses e com a definição do jogo nacional, petistas e wilmistas deverão estar em campos opostos. A conferir.
Fonte: Diógenes Dantas
Foto: FD/Pernambuco
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