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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

WALTER PINHEIRO DIZ QUE VOTO ABERTO RESGATA COMPROMISSO DO LEGISLATIVO.

No terceiro dia de discussão em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional do voto aberto (PEC 43/2013), nesta quinta feira (26), o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu o compromisso com o eleitor, o comportamento ético do parlamentar e a transparência em todas as votações em resposta ao discurso do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Aloysio havia manifestado apoio à manutenção das prerrogativas que garantem o equilíbrio institucional entre os poderes, com a permanência do voto secreto, exceto nos casos de cassação de mandato. Walter Pinheiro citou votações históricas, nominais, como a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República em 1985, em que não houve "constrangimentos" por parte dos parlamentares para expressarem abertamente a sua opinião.
Traição
Walter Pinheiro também rebateu argumento de Aloysio Nunes de que o voto secreto, no caso da apreciação de vetos presidenciais, protege o parlamentar isolado contra o "todo poderoso Executivo". O petista enfatizou que é importante ao legislador se posicionar publicamente, o que não implica "desrespeitar partido ou enfrentar presidente".
- O cenário da pressão é mais vigoroso no voto secreto do que no voto aberto. O voto secreto é o momento da traição - afirmou Walter Pinheiro.
Para ilustrar a importância da transparência na aprovação de nomes de autoridades, o senador ainda citou duas votações que classificou como "episódios vergonhosos". Teria havido retaliação ao ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com a rejeição dos nomes de dois procuradores: Wladimir Aras e Wellington Saraiva, indicados para a Procuradoria-Geral. Gurgel foi responsável pela acusação que resultou na condenação de 25 dos 37 acusados no caso do mensalão.
- O mais correto era alguém subir à tribuna ou, na sabatina, dizer aos procuradores: 'Não concordo com a sua condução'. Por que não enfrentar? Isso é covardia. Depois se escondem atrás do voto secreto para tentar fazer vinganças - disse.
Ética
Em aparte, o senador Aloysio Nunes sustentou sua posição ao afirmar que é preciso fortalecer a democracia representativa brasileira para torná-la imune a fenômenos iguais aos que ocorrem atualmente na Venezuela, Bolívia e Equador e assegurar "salvaguardas" para a independência entre os poderes.
Já os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Ana Rita (PT-ES) apontaram para a necessidade do voto aberto em defesa da transparência, da coragem e da ética e como forma de estimular casas legislativas por todo o país a fazerem o mesmo.

Fonte: Agência Senado

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