Relatório que pede a cassação de Donadon será votado nesta quarta-feira; ele está preso desde 28 de junho condenado pelo STF por desviar mais de R$ 8 milhões.
O deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado pelo STF e preso há dois meses, deixou o presídio da Papuda e veio à Câmara para se defender no pedido de cassação do seu mandato. Donadon, que cumpre pena de mais de 13 anos por desvios de R$ 8 milhõesm quando era servidor na Assembleia de Rondônia, é o primeiro parlamentar a ir para a prisão desde a Constituição de 1988.
“É um momento difícil. Só vim porque tenho certeza da minha inocência. O que eu tenho a dizer, vou dizer na tribuna, para o Brasil ouvir a verdade sobre todos os fatos”, declarou antes de seu discurso. “Estou confiante na verdade, de que ela prevalecerá sobre qualquer coisa.”
A cassação do deputado foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na semana passada. E agora será decidida em plenário. Em sua fala, o relator deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) defendeu a perda do mandato do deputado. “A conduta pela qual ele foi condenado é de natureza gravíssima e absolutamente incompatível com o mandato parlamentar”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a Casa seguirá o mesmo trâmite do processo de cassação de Donadon (sem partido/RO) para casos futuros. "Todos obedecerão o rito constitucional", disse Alves, sem falar diretamente sobre a situação dos deputados condenados no processo do mensalão.
Alves descartou a possibilidade de a Mesa Diretora decretar a perda de mandato. "Não poderia haver ato sumário", argumentou.
O voto de cada parlamentar será secreto e são necessários 257 votos (do total de 513 deputados) para decretar a perda de mandato de Donadon. Alves descartou falta de quórum nesta quarta, o que adiaria a votação. "Essa matéria vai ter, sim, quórum qualificado. É importante essa Casa tomar uma decisão", disse.
Fonte: Último Segundo, com Agência Câmara e Agência Estado
Foto: Alan Sampaio/iG
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