A deputada Rose de Freitas (PMDB) aproveitou o vazio do recesso e usou a estrutura da TV Câmara para lançar oficialmente, numa sessão extraordinária transmitida ao vivo, sua candidatura a presidência da Câmara nesta sexta-feira.
Em tom de fustigação ao correligionário Henrique Eduardo Alves (RN), o favorito cacifado pelas cúpulas do Congresso e do Palácio do Planalto, apostou na insatisfação.
Disse que não tem nada contra Alves apenas para lembrar que foi ela que o lançou como líder do PMDB na Câmara para o “eterno” mandato de sete anos ainda em vigor.
E pontuou as promessas assumidas e não cumpridas pelo líder: as reformas política e tributária e mudanças na estrutura de funcionamento da Casa.
De quebra, como cereja de sua plataforma, tocou no assunto que Alves mais tem evitado para não perder votos: o desgaste do legislativo diante das sucessivas interferências dos outros dois poderes.
Disse que a predominante insatisfação do plenário estimula a sensação de angústia, ineficiência e vazio, enquanto o legislativo “rasteja” diante da liberação de emendas, os deputados são monitorados (pelo governo) e o orçamento se transforma em balcão de negócios.
Lembrou que um dos sintomas do esvaziamento da atividade legislativa é ausência de interlocutores diante da crise institucional.
A Câmara, segundo ela, ficou à margem dos debates jurídicos que resultaram na cassação dos mandatos dos deputados condenados no mensalão.
“Quem denigre a imagem da Casa não é a imprensa, somos nós”, reconhece a deputada de seis mandatos. É um discurso dirigido ao mesmo baixo clero que elegeu Severino Cavalcanti.
Fonte: Poder Online
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