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Os deputados estaduais receberam a visita de representantes do Governo, entre eles o secretário estadual Obery Rodrigues (Planejamento), no primeiro dia da convocação extraordinária da Assembleia Legislativa. O secretário tentou viabilizar, junto às lideranças das bancadas, o regime de urgência para projeto com autorização do empréstimo de R$ 614,5 milhões junto ao Banco do Brasil e BNDES. Não conseguiu. A decisão das lideranças ficou para hoje e as dúvidas levantadas pelo deputados para votar sem parecer das comissões permanecem.

Em conversas diversas com as lideranças, o secretário Obery Rodrigues tentou justificar a posição do Governo que pretende "não definir" as obras para as quais serão destinados R$ 222,8 milhões do empréstimo, depois de retirados do total autorizado a parte para a "rolagem" de dívidas anteriores (R$ 391,6 milhões). Em ofício enviado à Assembléia, assinado pelo diretor geral do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Demétrio Torres, o Governo sugere que "não especificar as obras que serão contempladas no Pró-Investe, uma vez que os valores poderão servir de contrapartida para qualquer das obras da relação anexa".

A medida é considerada, por algumas lideranças do Legislativo, como um pedido de "cheque em branco" por parte do Executivo. Obery vê como "uma estratégia inteligente".

A diferença de pontos de vista traz reflexos para as conclusões formuladas após as conversas de ontem entre os auxilares governistas (também esteve presente o secretário extraordinário de assuntos institucionais, Esdras Alves) e os deputados. O primeiro pretende, hoje, refazer o detalhamento do elenco de obras que poderão ser contempladas com os recursos do empréstimo. Os segundos falam em um substitutivo ao projeto inicial.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Alex Régis