O juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude, José Dantas de Paiva, irá definir os rumos da suspensão das aulas na rede municipal de ensino de Natal na próxima sexta-feira (30), quando deverá emitir um parecer sobre o bloqueio de R$ 12 milhões das contas da Prefeitura de Natal em benefício da Secretaria de Educação do próprio Município. O bloqueio da verba foi pedido pela Promotora da Educação, Zenilde Alves, para que o ano letivo possa ser concluído.
Na manhã desta quarta-feira (28) a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso, anunciou que as aulas serão suspensas por falta de condições de trabalho para professores efetivos e temporários, e para os demais funcionários das escolas municipais.
A situação caótica da educação infantil de Natal pode ser comprovada pela escola municipal Zeneide Igino de Moura, no bairro de Cidade Nova. Inaugurada em 2010, o colégio tem 353 alunos de 1ª a 5ª série do ensino fundamental, mas já enfrenta problemas estruturais. Segundo professores, dois princípios de incêndio foram registrados este ano em decorrência da má qualidade da fiação. Para a diretora da escola, Ana Cristina Vieira Paulino, a suspensão das aulas é uma medida drástica que nenhum educador gostaria de tomar, principalmente com a proximidade do fim do calendário escolar.
“Esta é uma forma de chamar a atenção da sociedade para os problemas que enfrentamos junto com a Secretaria Municipal de Educação. Atualmente, temos apenas duas merendeiras terceirizadas que estão com os salários em dia, mas os demais não recebem há meses. Nós, direção e professores, fazemos cotas para dar a eles os vale-transporte para virem trabalhar. Mas quem paga as demais despesas deles, como água e luz?”, desabafa a diretora.
Fonte: Robson Pires
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