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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

domingo, 24 de junho de 2012

REDES SOCIAIS APROXIMAM CANDIDATOS DE ELEITORES.


A partir de 6 de julho os candidatos da eleição municipal deste ano estão liberados para utilizarem, com fins de campanha, as chamadas redes sociais, como twitter, facebook, sites personalizados, entre outros. Mais que um plus no pleito, essas ferramentas servirão para aproximar sem ressalvas os protagonistas da disputa e a população - a dona do voto e responsável pela escolha dos eleitos. Mas também para impingir um termômetro que expõe em tempo real indignações e satisfações e põe em xeque posturas e discursos que a população considera indesejáveis. Em Natal - como em todo o mundo, e isso não é bem uma novidade - não há candidato a prefeito ou vereador que dispense uma conta nas principais ferramentas de socialização da internet. E é o twitter o principal carro-chefe dessa mobilização midiática porque é o meio que mais aproxima interlocutores, tudo em tempo real.
Os quatro candidatos a prefeito de Natal com maior viabilidade eleitoral, segundo as últimas pesquisas de intenção de votos têm, cada um, suas respectivas contas no microblog mais acessado do mundo. A capacidade de interação de cada um pode ser medida, entre outras coisas, pelo número de seguidores, que são os internautas com perfis entrelaçados e que acompanham as movimentações um do outro. O interessante neste caso é que a viabilidade eleitoral apresentada pelas pesquisas de intenção de votos tem sido inversamente proporcional à popularidade de cada um no twitter.
Carlos Eduardo (PDT), o líder nas análises de preferência do eleitorado, tem o menor número de seguires - 3.489 - entre os candidatos com melhor desempenho nas pesquisas. Fernando Mineiro (PT), o quarto colocado, tem o maior número de perfis ligados ao seu - 7.330. Já Rogério Marinho (PSDB) e Hermano Morais (PMDB) apontam, respectivamente, 5.946 e 5.186 seguidores. Esse cenário é justificado pela interação cotidiana desses personagens. Fernando Mineiro é talvez o político potiguar que mais se relaciona nas redes sociais, principalmente no twitter. Enquanto isso, Carlos Eduardo tem uma atuação mais tímida no microblog.
A propaganda eleitoral, via internet, na campanha, é regida pela lei 9.504/97, a lei das eleições. Os parâmetros são os mesmos utilizados para a veiculação em programas de televisão e de rádio. Quase tudo é permitido, mas há exceções e uma delas - a propaganda eleitoral paga - pode gerar multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil, em caso de infração. A fiscalização é facilitada porque os domínios dos candidatos em sites, twitter e facebook, por exemplo, devem ser registrados na Justiça Eleitoral.
Os candidatos também não podem se agredir mutuamente sob pena de punição. E é exatamente esse o aspecto que mais preocupa advogados e redobra a atenção de marqueteiros e organizadores de campanha. É que no fervor do pleito, concorrentes e aliados trocam farpas e muitas vezes a querela acaba nos tribunais.
Em visita a Natal, no primeiro semestre deste ano, o ex-presidente e ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, se manifestou sobre o uso das redes sociais no sentido de que "a internet é um espaço livre, deve ser livre, inclusive em função da liberdade de expressão que é garantida na Constituição a todos os cidadãos". As declarações do ministro dão o tom de uma atuação ponderada dos órgãos fiscalizadores e, no caso dos julgamento, dos magistrados, quando o assunto for liberdade de expressão e internet. Lewandowski destacou que a vedação consiste basicamente à utilização da web para acirrar ódios raciais, étnicos e culturais. Além disso, de acordo com o ministro, as legislações civil e penal proíbem o ataque à honra e a invasão da privacidade das pessoas.

Fonte: Maria da Guia Dantas
Foto: Ana Silva

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