A presidente Dilma Rousseff ainda oscila entre fazer uma reforma pontual na equipe de ministros praticamente herdada por Lula ou enxugar drasticamente o time, cortando pela metade o primeiro escalão de governo. Mas pelo menos sete ministros estão na lista dos que certamente deixarão a Esplanada, seja por causa das eleições, seja por questões administrativas ou éticas.
Estão no primeiro grupo, dos que pretendem disputar eleições em 2012, os já pré-candidatos, Fernando Haddad, da Educação, que concorrerá pelo PT à prefeitura de São Paulo; Fernando Bezerra, da Integração Nacional, que sairá pelo PSB à prefeitura de Recife; Iriny Lopes, da Secretaria das Mulheres, que deve ser a candidata do PT à prefeitura de Vitória; além de Luiz Sérgio, da Pesca, que pode tentar a prefeitura de Angra dos Reis.
Na categoria de ministros enfraquecidos politicamente por denúncias ou perda de apoio enquadram-se Carlos Lupi, do Trabalho, e Mário Negromonte, das Cidades. No caso da vaga de Lupi, PDT e PT travam uma guerra surda pelo posto – o que vem irritando a presidente Dilma. Especula-se que a presidente pode trocar o posto do PDT na Esplanada, mas Dilma ainda não fechou seus planos.
Negromonte, cujo desempenho é considerado nulo pelo Planalto, sofreu ataque especulativo do antecessor, Márcio Fortes, um especialista e apaixonado pela questão urbana, além de inconformado com sua substituição pelo auto-indicado líder do PP. Resultado, Montenegro perdeu apoio da bancada que liderou na Câmara e não tem musculatura política para se manter na cadeira. Sem falar nas denúncias que o abalam desde agosto.
Dilma já acertou com o comando do PP na Câmara a troca do ministro das Cidades e deve novamente dar o posto à bancada, que provavelmente escolherá o novo ministro entre seus quadros.
A bolsa dos cotados para deixar o primeiro escalão ainda inclui, por razões de saúde, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. A presidente considera que o representante do PMDB deve priorizar o tratamento do câncer, que chegou a mantê-lo afastado do cargo mais de um mês.
Na prática, Ribeiro comandou o ministério por apenas dois meses, em substituição ao correligionário demitido, Wagner Rossi. A Agricultura seguiria nas mãos do PMDB, a não ser que a presidente precise do posto para fechar o xadrez da reforma. Neste caso, o partido do vice Michel Temer seria compensado com outro posto de igual importância.
Há outros componentes do primeiro time de Dilma cujo desempenho apagado coloca na linha de tiro nesta reforma. Integram este grupo a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, a da Igualdade Racial, Luiza Bairros, o Desenvolvimento Agrário, Afonso Florense, e o dos Portos, Leônidas Cristino.
Fonte: Christina Lemos/Marina Marques/R7
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