Após 23 dias de crise e forte pressão para que deixasse o cargo, o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) entregou na tarde desta terça-feira carta à presidente Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo federal, conforme anteciparam Vera Magalhães e Julio Wiziack.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), 45, será a substituta de Palocci na Casa Civil. Mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e eleita para o Senado pela primeira vez no ano passado, ela já aceitou o convite do governo nesta terça-feira.
Leia a íntegra da nota de demissão do ministro Palocci
Gleisi Hoffmann é convidada a substituir Palocci na Casa Civil
Veja os fatos que levaram à saída de Palocci do governo
"O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento", diz nota do ministério.
A crise que levou à saída de Palocci teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010.
A Projeto, empresa aberta por ele em 2006 --quando o ministro afirmou ter patrimônio de R$ 356 mil-- comprou, em 2009 e 2010, imóveis em região nobre de São Paulo no valor total de R$ 7,5 milhões.
Fonte: Folha.com
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