FÁTIMA REBATE ACUSAÇÕES E DIZ QUE ROGÉRIO MARINHO TEM OBSESSÃO EM BATER NO GOVERNO.

“A reunião de hoje da Comissão de Educação e Cultura foi suspensa devido a razões puramente regimentais”, afirmou hoje à tarde a deputada federal Fátima Bezerra, em resposta a acusação feita pelo deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), de que ela teria encerrado a reunião da Comissão que preside para evitar discussões acerca do kit anti-homofobia e sobre os livros didáticos adotados pelo Ministério da Educação.

De acordo com o regimento da Câmara dos Deputados, as reuniões das comissões devem ser encerradas quando for iniciada a Ordem do Dia. O questionamento de Rogério Marinho é que entre o encerramento da reunião e o início da Ordem do Dia houve um intervalo de 18 minutos. De acordo com a assessoria da deputada Fátima Bezerra, o tucano fez esse questionamento à presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas (PMDB/ES), que respondeu que a questão levantada por ele era irrelevante e que havia acordo para a votação de uma Medida Provisória. Além disso, a deputada que presidia a sessão, ainda segundo Fátima Bezerra, disse que o deputado Inocêncio Oliveira, que presidia a sessão, precisava de quórum para iniciar a Ordem do Dia e a petista agiu corretamente ao encerrar a reunião da comissão.
Para a deputada Fátima Bezerra, o discurso do deputado Rogério Marinho é um factoide, alimentado pela pela suposta "obsessão do parlamentar de bater no governo". “Nós não nos negamos a debater nada, tanto que recentemente realizamos uma audiência pública, sugerida pelo deputado, para debater a medida provisória 517/10. Quanto ao projeto ‘Escola sem homofobia’, realizamos há duas semanas um seminário para debater a discriminação nas escolas e já convidamos o ministério da Educação para vir prestar esclarecimentos na Comissão”, respondeu a deputada.
Fátima Bezerra adiantou que a Comissão de Educação e Cultura é um fórum permanente de debates. “Não só vamos debater o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD ) – que aliás é um grande programa de inclusão educacional que avançou no governo Lula, chegando até o ensino médio), como a merenda escolar, o Fundeb, o Pronatec e, em parceria com o Comissão Especial, o PL 8530/10, que vai instituir o Plano Nacional de Educação.