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terça-feira, 20 de abril de 2021

JUROS EXTORSIVOS DA DÍVIDA PÚBLICA IMPEDEM RETOMADA DA ECONOMIA E PREJUDICA O POVO

De acordo com ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, juro da dívida pública é chantagem dos bancos ao governo. “País deveria fazer auditoria e forçar os bancos a diminuírem suas margens”, diz

A crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), poderia ter sido evitada em grande parte se o governo brasileiro fizesse uma auditoria na dívida pública do país para ter uma dimensão de quanto já pagou aos bancos e, consequentemente, parar de pagar juros extorsivos exigidos pelo mercado financeiro.

O recado é do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, no governo Lula, o físico Sérgio Rezende, atualmente professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e voluntário do Conselho Científico do Consórcio Nordeste, de combate à Covid-19.

Rezende, que faz questão de ressaltar que não é economista, mas que tem anos de experiência em gestão pública (foi ministro de 2005 a 2010 e nas décadas de 1980/1990 atuou no governo de Miguel Arraes, em Pernambuco), diz que é uma chantagem dos bancos brasileiros os juros cobrados por títulos públicos.

“A dívida brasileira é extorsiva e merecia ser auditada pelo Congresso Nacional. Basta pedir ao Banco Central que tem tudo detalhado. No Equador, após uma auditoria de economistas, o país conseguiu abater 70% do seu valor”, afirma Rezende.

Segundo ele, quem sofre com uma dívida pública alta é a população que fica impedida de receber um auxílio emergencial decente, de pelo menos um salário mínimo (R$ 1.100), que vê o sistema de saúde sem dinheiro para combater a pandemia, que não tem melhorias na educação, obras de saneamento e de infraestrutura que melhorem as condições de vida e, muito menos certeza de um futuro seguro, com emprego e moradia, mesmo que a tragédia sanitária chegue ao fim. Tudo por que o governo precisa pagar os bancos e não sobra dinheiro para fazer novos investimentos e retomar a economia e, consequentemente a volta dos empregos.

Rezende acusa o mercado financeiro brasileiro de ser em boa parte responsável pela falta de recursos para investimentos que melhorem a qualidade de vida da população. Segundo ele, são os bancos nacionais que impõem o valor dos juros a serem pagos.

Os bancos internacionais praticamente não têm títulos da dívida pública brasileira  porque, segundo Rezende,  o ex-presidente Lula pagou a dívida externa, mas como seu governo ainda precisava de credibilidade do mercado financeiro para implantar um governo voltado ao social, e o país passava por um período econômico de crescimento e distribuição de renda, Lula não mexeu nos juros pagos aos bancos.

O ex-ministro diz que foi Dilma Rousseff que decidiu diminuir os juros pagos aos bancos. Ela forçou baixar de 12% para 7% ao ano e, em seguida veio o golpe de 2016.

“ Dilma é uma mulher muito forte e decidida, mas o mercado financeiro não aceitou ganhar menos e o resultado foi o impeachment”, afirma Sérgio Rezende.

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Fonte: GGN

Foto: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

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