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sábado, 22 de agosto de 2020

CORONAVÍRUS: IMUNIDADE DOLETIVA PODE ESTAR MAIS PERTO QUE O ESPERADO

Novo modelo matemático estima que a proteção de rebanho pode ser alcançada com apenas 20% da população infectada.

A proteção coletiva, conhecida como imunidade de rebanho, é um dos assuntos mais polêmicos da pandemia do novo coronavírus. A taxa é alcançada quando o número de pessoas imunes a uma infecção chega a um nível que freia sua disseminação. Isso pode acontecer de forma natural, quando as pessoas são contaminadas ou por meio de uma vacina.
No início da pandemia, diversos governos cogitaram utilizar essa estratégia como forma de proteger a economia e acabar logo com a pandemia. Entretanto, a medida que as primeiras estimativas mostravam que seria necessário que 70% da população fosse infectada para alcançar a imunidade de rebanho contra a doença, a opção foi descartada. Exceto pelo governo da Suécia, que insistiu em não adotar medidas drásticas de distanciamento social.
Pois agora, seis meses após a eclosão dos primeiros casos da doença, surgem novas estimativas, bem mais otimistas, sobre a taxa necessária para gerar imunidade coletiva contra a Covid-19. Há trabalhos que falam em 50%, 43% e até mesmo menos de 20%. Essa última estimativa é fruto de uma análise que contou com a colaboração de pesquisadores brasileiros.
De acordo com um modelo matemático gerado pelos autores, seria possível alcançar a imunidade de rebanho para o novo coronavírus se 10% a 20% da população de uma região for infectada. Esse coeficiente pode variar de acordo com o país, mas tende a ficar dentro deste intervalo.
A imunidade do rebanho é calculada a partir do chamado número reprodutivo da epidemia, R0, um indicador de quantas pessoas cada pessoa infectada transmite o vírus. Os cálculos iniciais para o limite de imunidade do rebanho presumiram a suscetibilidade ao vírus era a mesma para toda a população. O novo modelo se difere dos demais pois considera que o risco de uma pessoa se infectar é influenciado por fatores biológicos e comportamentais e, portanto, não é homogêneo.
Com essa premissa em mente, especialistas acreditam que algumas cidades brasileiras, como Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo, já tenham atingido a imunidade de rebanho. “Em locais onde o limiar de imunidade coletiva já foi alcançado, a tendência é que o número de novos casos continue a cair mesmo se a economia for reaberta. Mas, caso as medidas de distanciamento sejam relaxadas antes de a imunidade coletiva ser alcançada, os casos provavelmente voltarão a subir e os gestores devem estar atentos”, disse Rodrigo Corder, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em entrevista à Agência Fapesp.
Dados do maior estudo sobre a Covid-19 no Brasil, realizado pela Universidade Federal de Pelotas mostraram que 3,8% da população brasileira apresenta anticorpos para a doença. Mas, segundo os pesquisadores, as taxas variam de 0 a 20% entre as cidades analisadas, reforçando a necessidade de respostas diferenciadas para cada município no país.
Mesmo que pareça que uma comunidade alcançou a imunidade coletiva, ainda não é possível relaxar. Além de não haver consenso sobre qual é a taxa necessária para atingir essa imunidade, não se se sabe por quanto tempo alguém que se recuperou da doença está imune.
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Fonte: Veja
Foto: Kaio Lakaio

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