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quarta-feira, 13 de junho de 2018

FACHIN PROÍBE CRISTIANE BRASIL DE TER CONTATO COM O PAI, ROBERTO JEFFERSON.

Ao autorizar mandados contra a deputada, ministro a proibiu de entrar no Ministério do Trabalho e ter relação com demais investigados no inquérito.

Alvo da segunda fase da Operação Registro Espúrio, investigação da Polícia Federal que apura suspeitas de desvios na concessão de registros de sindicatos, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) também foi proibida de entrar no Ministério do Trabalho e ter contato com outros investigados da operação, o que inclui o próprio pai, o ex-deputado e presidente nacional do PTB Roberto Jefferson. A decisão é do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os demais alvos da operação, também estão outros parlamentares, como o líder do partido da parlamentar, Jovair Arantes (PTB-GO), o deputado Paulinho da Força (SD-SP) e servidores do Ministério do Trabalho. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Cristiane Brasil se tornou investigada após os investigadores terem acesso a conversas suspeitas mantidas entre ela e Renato Araújo Júnior, servidor da Secretaria de Relações do Trabalho da pasta.
Nos diálogos, sustenta a PGR, Cristiane orienta Araújo sobre procedimentos de registro de sindicatos e pagamentos a receber, configurando “indícios” de que ela teria participação no esquema investigado. Em março, VEJA revelou que servidores do Ministério, indicados pelo PTB e pelo Solidariedade, cobravam propina para aceitar e acelerar determinados pedidos de registro em detrimento de outros.
A pasta está sob controle político desses partidos desde o início do governo do presidente Michel Temer (MDB), em maio de 2016. Neste período, as legendas dominaram as indicações dos cargos técnicos da pasta, preenchidos por critérios políticos. A própria Cristiane chegou a ser nomeada para ser ministra do Trabalho em janeiro, mas teve a indicação suspensa pela Justiça.
Defesa
A deputada Cristiane Brasil afirma ter ficado “surpresa” por ser alvo da segunda fase da Operação Registro Espúrio. Segundo a parlamentar, ela “não tem papel nas decisões tomadas pelo Ministério do Trabalho”. “Espero que as questões referentes sejam esclarecidas com brevidade e meu nome limpo”, disse.
Em nota assinada por Roberto Jefferson, o PTB diz que é preciso separar “o que é ação política do que é corrupção”.” A presidência do PTB apoia o trabalho da Polícia Federal e reitera que não participa – e não participou – de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho”, completa o texto.

Fonte: Veja
Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo

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