O ex-ministro e pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) criticou nesta segunda-feira o jantar no domingo que reuniu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin, que se desfiliou do PSDB esta semana após mais de 30 anos no partido, e é cotado para ser vice do petista na chapa para a eleição de 2022.
"Impressão minha ou ontem assistimos a um jantar comemorativo da impunidade da grande corrupção?", postou Moro.
Lula foi condenado por Moro na Lava-Jato, mas teve processos suspensos após o STF julgar que o ex-juiz não tinha competência para julgar o ex-presidente e também considerá-lo parcial no julgamento do caso do triplex.
Além de Lula, participaram do jantar — promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas em um restaurante de São Paulo — os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, do PSD, Gilberto Kassab, do PSB, Carlos Siqueira e do MDB, Baleia Rossi. Também consta da lista parlamentares, como a senadora Simone Tebet (MDB) e o senador Renan Calheiros (MDB), e governadores, como os petistas Camilo Santana, do Ceará, e Wellington Dias, do Piauí. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que hoje é secretário do governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), também foi.
Além de ser um sinal de aproximação entre dois antigos adversários, o encontro público entre Lula e Alckmin também é visto como mais um passo na direção da formação de uma chapa presidencial para o ano que vem. A presença no evento de dirigentes de outros partidos que podem apoiar a candidatura do petista, como PSOL, PSD e Solidariedade, reforçou o caráter simbólico do evento.
No evento, Alckmin deu mais indicativos de sua aproximação ao petista ao dizer que "é hora da união", como mostrou o colunista Bernardo Mello Franco.
Fonte: Sonar
Foto: AFP
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