Home office, trabalhador essencial e lockdown foram alguns vocábulos adicionados na 6ª edição do "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" ("Volp"), lançada em julho deste ano. Das 1.160 palavras inseridas nesta nova edição, 65 (5,6%) estão ligadas direta ou indiretamente à pandemia.
Algumas das novidades até já apareciam nas conversas e textos (como telemedicina, home office e quarentena, por exemplo), mas ganharam força e passaram a ser usadas com mais frequência.
"Os acontecimentos que marcam determinada época têm reflexo na língua", afirma Evanildo Bechara, professor, gramático e filólogo brasileiro, que é membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Galega da Língua Portuguesa.
"Como a língua acompanha qualquer modificação por que passa uma sociedade, testemunhamos o efeito linguístico da pandemia não apenas na língua portuguesa, mas em várias outras. Ou seja, vimos a rapidez com que a língua acumulou um novo vocabulário e ele se tornou parte essencial do idioma, com termos científicos se incorporando à linguagem cotidiana e criações populares surgindo para nomear fatos extraordinários."
Evanildo Bechara, professor, gramático e filólogo
Segundo o especialista, a última vez que ocorreu a adição de tantas palavras referentes a um acontecimento específico foi na época da 2ª guerra mundial (1939-1945).
"Começada com os excessos de [Benito] Mussolini [ditador italiano] e [Adolf] Hitler [ditador alemão], vieram palavras de todos os lados", diz Bechara, citando termos como blitz e Fanta, que vem do alemão fantastisch.
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Fonte: Letícia Mutchnik/UOL
Foto: UOL
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