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sábado, 16 de janeiro de 2021

ISRAEL, À FRENTE DE TODO O MUNDO NA CORRIDA PELA IMUNIZAÇÃO EM MASSA

Netanyahu viu na vacinação uma chance de ganhar votos e montou uma poderosa campanha 

Pode não parecer, especialmente em Brasília, mas há casos em que usar politicamente a vacina contra a Covid-19 não prejudica a população — pelo contrário, a beneficia. Em pleno inferno astral, com a perspectiva de enfrentar a quarta eleição em dois anos e um explosivo processo por corrupção pairando sobre sua cabeça, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viu na aplicação do imunizante da Pfizer-BioNTech sua chance de amealhar preciosos pontos eleitorais. Foi à luta: preparou a infraestrutura, montou uma vasta rede de postos, mobilizou a população — inclusive o pessoal da saúde, que abdicou com prazer de férias e folgas — e firmou um acordo com o laboratório pelo qual, em troca de prioridade de entrega, Israel se tornaria praticamente um comercial planetário da eficácia do produto. Em 19 de dezembro, Netanyahu em pessoa tomou a primeira dose. Duas semanas depois, no dia 31, 10% dos israelenses já estavam vacinados. Mais duas semanas e a proporção dobrara, para 20%. A previsão é que toda a população adulta esteja vacinada até o fim de março. 

Enquanto boa parte do mundo — o Brasil incluído — ainda patina na vacinação em massa, Israel está no topo do ranking de inoculações . É verdade que as condições do país ajudam: são apenas 9 milhões de pessoas vivendo em 21 000 quilômetros quadrados — uma área do tamanho de Sergipe servida de boas estradas — e atendidas por um serviço de saúde de alta qualidade. Mesmo assim, Israel foi das nações que mais sofreram com o novo coronavírus: contabiliza 517 000 casos e quase 4 000 mortos, apesar da imposição de lockdowns rigorosos. A certa altura, manifestantes foram protestar na porta da residência oficial do primeiro-ministro pelo que viam como uma resposta fraca e ineficaz à pandemia. 

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Fonte: Caio Saad/VEJA

Foto: Miriam Alster/AFP

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