Presidente já tem 60 ações de cassação contra ele em dois anos de gestão, pouco menos que a petista, que acumulou 68 em quase seis anos e perdeu o mandato
O presidente Jair Bolsonaro já acumula 60 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados e se aproxima da recordista nesse quesito, a ex-presidente Dilma Rousseff, que teve 68 apresentados contra ela, sendo que um deles resultou na cassação do seu mandato em agosto de 2016. A diferença – desfavorável a Bolsonaro, no caso – é que a petista acumulou os pedidos em um tempo muito maior, entre 2011 e 2016, enquanto o atual governante chega a sua marca em pouco mais de dois anos de mandato.
Bolsonaro já é o segundo colocado em número de pedidos de impeachment. Outro petista, Luiz Inácio Lula da Silva, teve 37 apresentados contra ele entre 2003 e 2010. Michel Temer (MDB), com 31 protocolados entre maio de 2016 e dezembro de 2018, aparece na sequência, pouco à frente de Fernando Collor, que renunciou em meio a um processo de cassação em 1992, com 29 ações. Fernando Henrique Cardoso teve 24, enquanto Itamar Franco foi alvo de quatro.
Bolsonaro teve o primeiro pedido apresentado contra ele pouco mais de um mês após assumir o cargo, em 5 de fevereiro de 2019, por um cidadão chamado Antonio Jocelio da Rocha – a Câmara não informou o embasamento dele para a apresentação da ação.
Depois, seguiram-se vários pedidos de cidadãos comuns até março de 2020, quando o deputado distrital Leandro Grass (Rede) inaugurou a série de ações protocoladas por políticos ou entidades representativas da sociedade civil. Na sua representação, ele elencava vários motivos para afastar o presidente, desde declarações a favor do golpe militar de 1964 até a provocação de aglomerações já em meio à pandemia do coronavírus, passando por ofensas dirigidas a jornalistas.
Entre os representantes que apresentaram pedidos estão partidos de oposição (PT, PSOL, Rede e PDT, entre outros), adversários de disputas eleitorais recentes (Fernando Haddad, Manuela D’Ávila e Ciro Gomes) e antigos aliados, como os deputados federais Alexandre Frota e Joice Hasselmann, ambos do PSL-SP.
Entre os representantes que apresentaram pedidos estão partidos de oposição (PT, PSOL, Rede e PDT, entre outros), adversários de disputas eleitorais recentes (Fernando Haddad, Manuela D’Ávila e Ciro Gomes) e antigos aliados, como os deputados federais Alexandre Frota e Joice Hasselmann, ambos do PSL-SP.
A lista de pessoas que querem Bolsonaro fora do cargo também inclui celebridades e artistas, como o cantor e compositor Chico Buarque, as atrizes Lucélia Santos e Dira Paes, o humorista Gregório Duvivier e o comentarista esportivo Casagrande.
Entre os motivos estão a visão negacionista do presidente e de seu governo em relação à pandemia da Covid-19, a participação em atos antidemocráticos – assim como falas exaltando o golpe militar e a prática de tortura -, a suposta tentativa de interferência na Polícia Federal, a divulgação de fake news e discursos que caracterizam a prática de homofobia ou racismo.
Maia pressionado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter entre a noite ontem e esta sexta-feira ao comentar o caos na saúde pública em Manaus, criticar a agenda negacionista e a pedir que o Congresso retome suas atividades na semana que vem (o Parlamento está em recesso).
“A falta de oxigênio em Manaus, o atraso na vacina, a falta de coordenação com estados e municípios são resultado da agenda negacionista que muitas lideranças promovem. Está na hora de todas as forças se unirem para salvar vidas. É fundamental – como defendi em dezembro com outros parlamentares – que o Congresso retome suas atividades na semana que vem”, postou Maia.
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Fonte: Redação VEJA
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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