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sábado, 16 de janeiro de 2021

64% DOS HOSPITAIS PARTICULARES DO ESTADO DE SP TÊM MAIS DE 80% DOS LEITOS DE COVID-19 OCUPADOS

Pesquisa feita pelo sindicato dos hospitais mostra que maioria da rede privada no estado registra aumento de internações em 2021. Nesta sexta (15), SP ultrapassou 1,6 milhões de casos da doença. Média diária de mortes está acima de 200 há uma semana seguida.

Cerca de 64% dos hospitais particulares do estado de São Paulo registra mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados.

O levantamento foi feito pelo SindHosp, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo.

Ainda de acordo com os dados, no dia 13 de janeiro, apenas 14% dos hospitais privados tinham até 40% dos leitos ocupados.

A pesquisa foi feita em 76 hospitais de 15 das 17 regiões administrativas estaduais, o que representa 20% dos 383 hospitais aptos a tratar pacientes com a doença.

Além disso, 86% desses hospitais registraram aumento nas internações nas duas primeiras semanas de 2021.

“São os efeitos da displicência com a qual o cidadão e as autoridades deixaram com que a pandemia corresse”, afirma o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp.

“O que aconteceu nesse fim de ano, apesar de todos os avisos que foram feitos, é que as recomendações não foram seguidas. Vimos muitas pessoas se aglomerando e preceitos como uso de máscara e higienização das mãos não sendo seguidos.”

Nesta quarta (13), por exemplo, o Hospital Albert Einstein, divulgou que estava com 90% dos leitos destinados a pacientes com a doença ocupados. Eram 140 internados, sendo 62 em leitos de UTI. O número não era tão alto desde maio, quando as internações chegaram a 138.

O HCor também bateu recorde de internações por covid-19 na última semana. Eram 77 pessoas ocupando os leitos do hospital — o maior número desde o início da pandemia.

Entre os hospitais que participaram da pesquisa, 63% afirmam que têm capacidade para ampliar o número de leitos para covid-19 caso seja necessário. Alguns, inclusive, já tiveram que tomar essa medida: 28% dos hospitais ampliaram os leitos clínicos, e 26% aumentaram o número de leitos de UTI para covid-19.

Para o presidente do SindHosp, a ocupação dos hospitais só deve diminuir se as ações individuais mudarem. “Nós temos que ter a sabedoria de dar um passo atrás e respeitar o que sabemos que ajuda a reduzir a propagação do vírus. A sociedade tem que se conscientizar que a covid-19 é uma doença séria”, diz.

O médico do Hospital Universitário da USP Márcio Sommer Bittencourt acompanha o número de internações em instituições públicas e particulares da capital desde o início da pandemia.

“Os dois sistemas mostram que temos uma transmissão do vírus intensa, continuada e persistente”, afirma ele.

Para Bittencourt, se as condições atuais se mantiverem, os hospitais podem apresentar piora na qualidade dos tratamentos e aumento das complicações. “Mesmo antes da pandemia, os hospitais estavam sempre cheios. É o normal do hospital. Mas se ele está lotado só com pacientes com coronavírus, significa que tem gente competindo pelo leito”, explica o médico do HU-USP. “Chega uma hora que você vai ter que ocupar leitos de infarto, de acidentados de trânsito, de cirurgias cardíaca e oncológica, por exemplo, com pacientes com Covid-19.”

Mortes e casos

O estado de São Paulo ultrapassou nesta sexta-feira (14) a marca de 1,6 milhão de casos confirmados de infecções por coronavírus desde o início da pandemia, em meio a uma nova alta de casos, óbitos e internações pela doença após as festas de fim de ano.

A média diária de mortes por Covid-19 está acima de 200 há uma semana seguida, valor que não era observado desde o dia 16 de setembro do ano passado.

A média móvel de mortes diárias, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 224 nesta sexta-feira (15). O valor é 57% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta da epidemia. Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.

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Fonte: Amanda Lüder e G1 SP, GloboNews e G1

Foto: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo

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