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sábado, 9 de dezembro de 2017

GENERAL MOURÃO É TRANSFERIDO DE CARGO APÓS NOVAS DECLARAÇÕES SOBRE INTERVENÇÃO.

O general Antonio Hamilton Mourão foi retirado do cargo de Secretário de Economia e Finanças do Exército e foi transferido para o cargo de adido na Secretaria-Geral da instituição. A decisão foi do general Eduardo Villas Bôas. Longe de ser uma promoção, a ação do comandante do Exército foi uma resposta à nova declaração de Mourão sobre intervenção militar. A segunda vez em três meses. E, não bastasse, Mourão reafirmou a possibilidade de ação das Forças Armadas caso haja situação de 'caos' no país.
O general, em setembro, falou sobre uma possível intervenção militar caso o Judiciário não conseguisse resolver 'o problema político'. Agora, ele criticou o governo Michel Temer, dizendo que se mantém mediante 'balcão de negócios'.
Com a decisão de Villas Bôas, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, atual adido no Estado-Maior do Exército, assume a função antes ocupada por Mourão.
Mourão, desta vez, falou em palestra no Clube do Exército, em Brasília, a pedido do grupo Ternuma - ou Terrorismo Nunca Mais, e afirmou que as Forças Armadas poderiam ter papel de 'elemento moderador e pacificador', agindo 'dentro da legalidade' caso se instalasse o caos no país. "E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento", declarou ele.
Mas o general foi mais longe. Afirmou que hoje vivemos a famosa 'Sarneyzação', com o governo Michel Temer indo aos trancos e barrancos, se equilibrando mediante o 'balcão de negócios' para chegar ao fim do mandato.
O general Villas Bôas irá apresentar a proposta de movimentação do general Mourão ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, para que este encaminhe a Temer.
Caso se confirme, esta será a segunda remoção de Mourão após declarações que não condizem com a farda. A anterior foi em 2015, quando foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, e encaminhado para a Secretaria em que está hoje, após críticas ao governo de Dilma Rousseff.
Segundo suas declarações no evento, ele passará para a reserva em 31 de março de 2018 e deverá ir morar no Rio de Janeiro. Quanto aos pedidos para que se candidate, o general respondeu que 'não há portas fechadas na minha vida'.
Além de criticar os governos de Lula e Dilma, o general Mourão falou que as Forças Armadas veem com 'bons olhos' a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a presidente da República.

Fonte: Jornal GGN, com informações da Folha

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