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sábado, 4 de novembro de 2017

DELAÇÃO DE GEDDEL COLOCA TEMER EM CURSO DE COLISÃO COM SUPREMO.

Geddel, ex-deputado e ajudante de Temer, não teria resistido à prisão e ofereceu sua delação premiada à Justiça.

Ex-deputado e hoje presidiário, o ex-ajudante do presidente de facto, Michel Temer (PMDB), teria acertado com seus advogados os termos iniciais de uma delação premiada. Segundo as condições do acordo, vazadas para um dos diários conservadores paulistanos, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) busca redução na pena. Um dos assessores mais próximos do peemedebista, Geddel foi preso após a maior apreensão de dinheiro sujo da história do Brasil. O estouro de seu bunker revelou malas com R$ 51 milhões.
“Caso Geddel conte o que sabe, Michel Temer, que era o chefe do ex-ministro, poderá não resistir a uma terceira denúncia por corrupção. Na prisão, Geddel não perdeu a prepotência e tenta descobrir quem fez a denúncia anônima que levou à descoberta de seu bunker”, diz a nota.
Em um dos últimos estertores, a defesa de Geddel tentou uma manobra diversionista. Pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para saber de quem é o telefone que denunciou o apartamento em Salvador onde foram encontradas as malas de dinheiro, supostamente resultado de transações ilegais.
Dedo-duro
O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Facchin, relator do inquérito no qual Geddel é investigado. Nele, a defesa pede não só quem ligou para fazer a denúncia; também os nomes de quem foi ouvido pela Polícia Federal; e qual agente atendeu à ligação.
Segundo a PF, a descoberta do dinheiro ocorreu após uma ligação anônima. Para os advogados do réu, as circunstâncias das investigações podem anular todo o inquérito, caso seja verificada alguma irregularidade. A defesa afirmou em nota que a Polícia Federal e o Ministério Público não podem “valerem-se da prerrogativa de sigilo da fonte”; conforme determinado pela Constituição Federal.
O ex-ajudante não possui mais foro privilegiado. Mas o irmão dele, Lúcio Vieira Lima, também investigado, é deputado federal e o processo segue no STF.

Fonte: Congresso em Foco

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