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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CONSELHO DE ÉTICA ENCERRA SESSÃO SEM VOTAR RELATÓRIO SOBRE CUNHA.

Manobras de aliados do presidente da Câmara atrasaram análise do parecer.
Colegiado deverá retomar nesta quarta-feira apreciação do relatório prévio.

Após seis horas de sessão, o Conselho de Ética da Câmara encerrou a reunião desta terça-feira (1º) sem votar o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) pela continuidade do processo que investiga o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta quebra de decoro parlamentar.
O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), disse que retomará a análise do parecer nesta quarta-feira (2), às 14h30.
"Vencemos uma etapa e conseguimos avançar. Não conseguimos chegar ao final, mas tentamos, pelo menos, chegar bem à frente", avaliou o presidente do Conselho de Ética ao final da sessão.
A sessão do colegiado teve início às 14h40. Na tentativa de atrasar o início da votação do relatório preliminar, aliados de Eduardo Cunha fizeram várias manobras no plenário do Conselho de Ética.
Entre outras coisas, os parlamentares que defendem o mandato do presidência da Câmara apresentaram diversos questionamentos a José Carlos Araújo, que comandava a reunião. Além disso, mais de 20 deputados se inscreveram para discursar, cada um com direito a falar por 15 minutos.
Uma das estratégias de Cunha para preservar seu mandato parlamentar é tentar postergar ao máximo o andamento do processo por quebra de decoro proposto pela Rede e pelo PSOL.
O peemedebista também estaria pressionando o PT para firmar um acordo pelo qual os integrantes do partido no Conselho de Ética votariam pelo arquivamento das investigações e, em troca, Cunha não abriria nenhum processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Embora na semana passada tenham sinalizado que votariam pela continuidade do processo, os três deputados do PT que integram o Conselho de Ética – Valmir Prascidelli (PT-SP), Zé Geraldo (PT-PA) e Leo de Brito (PT-AC) – se reuniram na manhã desta terça (1º) para debater umaeventual mudança de posição diante do “cenário político” atual.
Durante a tarde desta terça, entretanto, o presidente do PT, Rui Falcão, orientou, por meio de sua conta pessoal no microblog Twitter, os três parlamentares petistas a votar a favor da continuidade do processo de cassação de Cunha.
Ao deixar a reunião do Conselho de Ética, Prascidelli, Zé Geraldo e Brito disseram que ainda não decidiram como irão votar em relação à recomendação do relator para que o processo de quebra de decoro tenha andamento na Câmara. Segundo eles, não houve uma “ordem” do partido para que os deputados do PT acompanhassem o voto de Fausto Pinato.
“Rui [Falcão] expressou uma opinião. Não houve uma determinação. Ainda estamos avaliando. Queremos ouvir todas as argumentações. Cada deputado está formando o convencimento. Claro que vamos ouvir o Rui Falcão, mas não houve uma ordem partidária”, afirmou ao G1 o deputado Valmir Prascidelli.
Pareceres
O parecer do relator do processo é favorável à continuidade das investigações de Cunha. Mas deputados próximos do presidente da Câmara compareceram em peso à comissão e fizeram o possível para inviabilizar a votação apresentando reiterados questionamentos ao presidente do Conselho de Ética.
O deputado Wellington Roberto (PR-PB) chegou a protocolar um voto alternativo ao parecer de Pinato, no qual defende que o processo se encerre e seja aplicada de imediato uma punição mais branda a Cunha- uma censura pública escrita.
A proposta foi criticada pelo relator e deputados defensores da continuidade do processo de Cunha. Para eles, não pode haver um voto em separado que defenda o arquivamento do processo, ou seja, a inadmissibilidade, e ao mesmo tempo uma punição.
“Ou a representação é admissível ou não é admissível. Não há outra opção. A decisão é simples. Há indícios para a abertura do processo ou não há? Há justa causa? Seria gravíssimo para esta Casa que o processo não fosse aberto”, afirmou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).
O presidente do Conselho de Ética anunciou que o colegiado só analisará voto alternativo se for derrubado o parecer de Pinato pela admissibilidade do processo de Cunha.

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Fonte: Nathália Passarinho/http://g1.globo.com/

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