FILHA DE FUNDADOR DO PORCÃO TEM PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA NEGADO.

A Justiça do Rio negou o pedido de liberdade provisória para Amanda Mocellin, filha de Neodi Mocellin, um dos fundadores da rede de churrascarias Porcão, que foi presa em flagrante na tarde desta quinta-feira acusada de furto e injúria racial. Ela passou a noite detida na 16ª DP (Barra da Tijuca) e será encaminhada para a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), de acordo com a Polícia Civil. Amanda, de 36 anos, teria sido flagrada por funcionárias de uma joalheria no Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio, escondendo na bolsa um brinco no valor de R$ 386.

Uma empregada da família, que se identificou apenas como Sônia, afirmou que estão todos em pânico na casa de Amanda. Sônia disse ainda que acredita na inocência da patroa e que tudo não passou de “um mal entendido motivado por inveja”.

- Armaram alguma coisa para ela. Foi uma armadilha. Ela tem nível universitário, formada no exterior, tem posição social. Isso não existe - declarou Sônia, que disse trabalhar há 18 anos para a família Mocellin.

Furto de bijuteria

Uma funcionária, que pediu para não ser identificada, contou ter visto Amanda recolher a bijuteria, considerada uma semijoia. A funcionária esperou pela chegada da gerente do estabelecimento para tentar encontrá-la fora da loja. As duas, então, localizaram Amanda em um dos banheiros do shopping. Ao fazerem a acusação, afirmam ter ouvido: “Vocês sabem quem é meu pai? Vocês são gentinha”.

Atualmente, após disputas judiciais envolvendo a Rede Porcão, duas churrascarias carregam o sobrenome Mocellin: uma na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, e outra em Niterói, na Região Metropolitana do estado. Amanda já respondeu a uma série de processos arquivados no Juizado Especial Criminal (Jecrim) — entre eles, por desacato e perturbação da tranquilidade.

Leia na íntegra a nota da Polícia Civil:

“Na 16ª DP (Barra da Tijuca) consta a prisão em flagrante de Amanda Mocellin, 36 anos, pelos crimes de furto a estabelecimento comercial e injúria por preconceito. A autoridade policial que apreciou o fato não arbitrou fiança. Ela vai ser encaminhada para a SEAP”.

Fonte: Igor Ricardo/http://extra.globo.com/
Fotos 01 e 02: Luiz Ackermann/Extra/Agência O Globo
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