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sábado, 16 de agosto de 2014

UM BRASILEIRO NO TOPO DO MUNDO.

O carioca Artur Avila conquistou, aos 35 anos, o prêmio máximo da matemática por sua produção portentosa e constante de soluções para enigmas que há décadas desafiam seus pares.

A matemática possui não apenas verdade, mas também suprema beleza — uma beleza fria e austera, como a da escultura.” Para quem apanhou da matéria na escola, a definição do filósofo e matemático inglês Bertrand Russell (1872-1970) é uma afronta. Afinal, no mesmo instante em que esta reportagem está sendo lida, crianças e jovens em todas as partes do mundo estão repetindo em dezenas de idiomas: “Eu detesto matemática!”. Isso não a torna menos verdadeira, austera e bela. A matemática é a linguagem que a natureza usa para expressar seus segredos aos seres humanos e, assim, se deixar dominar por nosso intelecto. Embora alguns símios demonstrem habilidades básicas com números, reconhecendo conceitos como muito e pouco, o pensamento matemático é tão e somente humano quanto a linguagem e, quem diria, o comércio. Nenhuma outra espécie descobriu o potencial de criação de riqueza das trocas vantajosas para os dois lados. Sem a capacidade matemática, não teria havido civilização. Os grandes gênios que semearam o terreno dos números para a evolução do conhecimento sempre buscaram harmonia e beleza ao se mover na direção da verdade, a grande recompensa. No começo, eram cientistas no sentido universal do termo, mas, à medida que a disciplina foi ganhando complexidade, o desbravamento ficou a cargo de especialistas — ou ultraespecialistas. É a esse grupo seleto que pertence Artur Avila, 35 anos, o primeiro brasileiro a gravar seu nome entre os pesos-pesados da matemática deste século como ganhador da honraria máxima, a Medalha Fields, prêmio que ombreia em prestígio com o Nobel.
Nenhum brasileiro voou tão alto no mundo acadêmico. O jovem carioca do Leblon ingressou em um panteão no qual só entra quem dá nova estatura à ciência germinada pelos egípcios, cultivada pelos gregos e elevada às alturas pelos homens pós-Renascença. Apenas aqueles cujos trabalhos lançam verdadeira e duradoura luz sobre enigmas resistentes da matemática e têm potencial para produzir mais podem sonhar em ser lembrados para receber a Medalha Fields. O brasileiro Avila é desses poucos e felizes 56 agraciados — aí computados os que, como ele, receberam a distinção durante o Congresso Internacional de Matemáticos, na Coreia do Sul. Mais do que virtuoses em seus campos, eles são autores de descobertas que reverberaram de forma poderosa na comunidade científica pela originalidade e pelo poder de abrir novas portas para o saber. Quando tomou conhecimento, há dois meses, de que seria agraciado com a medalha, Avila conjecturou em sua lógica peculiar: “Ótimo. Pronto. Esse problema acabou”.

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Fonte: Mônica Weinberg/http://veja.abril.com.br/
Foto: Gilberto Tadday/Veja

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