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sexta-feira, 18 de julho de 2014

SÃO PAULO, TERRITÓRIO DIFÍCIL PARA O PT.

O PT poderá ser obrigado a rever sua estratégia eleitoral para São Paulo, onde estão 32 milhões de eleitores. É o território mais difícil para o partido nestas eleições, pelo menos até aqui, conforme pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira.
No Estado onde nasceu, o PT perde pela primeira vez a condição de partido que disputa com o PSDB o comando do Estado e apresenta um candidato que fica com menos de dois dígitos na pesquisa a esta altura da campanha: Alexandre Padilha aparece com minguados 4% das intenções de votos.
Já o PSDB só tem motivos para comemorar. No período de um mês, mesmo com a crise na segurança pública e no abastecimento de água no Estado, o candidato do PSDB subiu seis pontos percentuais e bate em 54% das intenções de votos – Geraldo Alckmin cresceu em um mês mais do que tem o candidato petista.
Em segundo lugar fica o candidato do PMDB, Paulo Skaf, com 16% das intenções de voto – que chegou a bater em 21%.
O resultado da pesquisa pode mostrar que agiu corretamente o candidato tucano Aécio Neves ao escolher um vice de São Paulo, o senador Aloisio Nunes Ferreira. Ele pode conquistar os eleitores de Alckmin e abrir diferença sobre a presidente Dilma Rousseff.
As disputas nacional e estadual estão se misturando e, ao que indica a pesquisa até aqui, não deve se repetir um fenômeno que aconteceu em pelo menos duas eleições passadas: o candidato à Presidência alavancar a candidatura do candidato petista ao governo do Estado. Ao contrário, Alexandre Padilha pode estar “pagando” pelas dificuldades do prefeito petista Fernando Haddad que, por sua vez, bate recorde em desaprovação. Segundo a pesquisa, 47% dos consultados desaprovam sua administração.
Vale observar que o PT usou a mesma fórmula para lançar o candidato Padilha ao governo – um nome desconhecido da política que, na avaliação do partido, poderia ampliar a votação conquistando o eleitor mais conservador, tal como ocorreu com Haddad. A escolha pessoal do ex-presidente Lula, até aqui, não está dando certo. Haddad é hoje o terceiro prefeito de São Paulo com pior avaliação. Ele perde para Jânio Quadros, reprovado por 66% dos eleitores e Celso Pitta, rejeitado por 54% dos consultados à época em que administrou.
Se há um aspecto positivo para Padilha nesta pesquisa Datafolha é o fato de que Skaf, em segundo lugar, reverteu a curva e começa a perder apoio. Assim, avaliam os petistas, Padilha poderá tentar buscar o eleitor que rejeita o governo Geraldo Alckmin. Até aqui, Skaf, com seu discurso de renovação, criticando tanto o PSDB quanto o PT, parecia ter encontrar o tom certo para a campanha. Agora, ele também terá de ajustar seu discurso.
O desgaste do PT no Estado pode estar abalando também a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Na disputa passada ela perdeu para José Serra e, pela largada da campanha, terá de fazer esforço para reverter o cenário. Hoje, ela está empatada em São Paulo com o tucano Aécio Neves. Os dois têm 25% das intenções de voto. Ela perde na Capital e na região Metropolitana e supera o tucano no interior com pequena margem de votos. A administração de Haddad pode estar também sendo negativa para ela.
A situação do PT em São Paulo é tão difícil que pode afetar uma vaga que o partido detém há 24 anos: a de senador, que há três eleições é de Eduardo Suplicy. A pesquisa Datafolha mostra que o tucano José Serra está à frente na disputa, com 34% das intenções de voto contra 29% para Suplicy. Em terceiro lugar, fica Gilberto Kassab, ex-prefeito, com 7% das intenções de votos.


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