RNPOLITICAEMDIA2012.BLOGSPOT.COM

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

DILMA ACUSA A OPOSIÇÃO DE TORCER POR "RACIONAMENTO" PARA SOCORRER ALCKMIN.

“Mesmo que não caia uma gota de chuva até o final do ano, não haverá racionamento de energia em 2014”. A frase é de Dilma Rousseff. Foi pronunciada nesta terça-feira (18). A presidente estava nas nuvens. A bordo do avião presidencial, ela voava de Brasília para Teresina, no Piauí. Para matar o tempo, conversava com um grupo de políticos e ministros.
A certa altura, Dilma mostrou-se incomodada com o noticiário, apinhado de menções ao risco de racionamento de energia elétrica no país. Além de negar peremptoriamente a hipótese de vir a adotar a providência, ela atribuiu a pregação ao que chamou de “torcida da oposição e da mídia”. Coisa destinada a socorrer politicamente o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Para a presidente, o único racionamento que é certo como o nascer do sol a cada manhã é o de água em São Paulo, não o de energia elétrica. Daí, segundo ela, a vela acesa nas manchetes e a reza da oposição para que o Planalto seja forçado a racionar energia, evitando que o Palácio dos Bandeirantes se exponha sozinho às criticas e à irrisão de todos.
Ouviram as palavras de Dilma seis políticos. Nenhum deles se animou a contestá-la. Participaram da conversa no avião presidencial dois ministros: Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário). Lá estavam também quatro senadores: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os três membros da bancada do Piauí: Ciro Nogueira (PP), Wellington Dias (PT) e João Vicente Claudino (PTB).
Na última sexta-feira (14), num discurso para empresários, em Belo Horizonte, o presidenciável tucano Aécio Neves dissera que, na prática, o Brasil já raciona energia. “Já está havendo racionamento através do aumento do preço de energia, que mais do que dobrou na última semana”, afirmou, referindo-se ao valor que as distribuidoras pagam pelo quilowatt no mercado livre.
Sem mencionar Aécio, Dilma também afirmou que, na prática, São Paulo já raciona água. Uma alusão à estratégia do governo paulista de estimular a economia oferecendo descontos na conta dos consumidores que moderarem a vazão de suas torneiras. Lero vai, lero vem, a presidente fez um vaticínio encharcado de mau agouro: na região de Campinas, disse ela, o sistema de fornecimento de água entrará em “colapso”.
Curiosamente, enquanto Dilma viajava para o Piauí, Alckmin participava de um evento da Sabesp, a companhia de abastecimento de água de São Paulo. No encontro que manteve com os gavadores e as câmeras, o governador descartou a hipótese de racionamento de água no sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 47% da região metropolitana de São Paulo.
“Hoje, está totalmente descartada essa situação. Entendo que a colaboração da população é crescente, declarou Alckmin, como que pressentindo na orelha quente o que Dilma falara dele nas alturas.

Fonte: Josias de Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.