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sábado, 20 de julho de 2013

EM CARTA AO PT, DILMA FAZ POSE DE SURDA SÁBIA.

Como previsto, Dilma não foi à reunião do diretório nacional do PT. Mas endereçou uma carta aos “caros dirigentes” e à “querida militância”. Coisa de quatro páginas. No texto, a presidente se apresenta como uma observadora arguta, uma ouvinte perspicaz, uma intérprete imbatível da voz das ruas.
“Desde o inicio, eu ouvi. Nós ouvimos. Ouvimos as ruas, porque nós viemos das ruas. Nos formamos no cotidiano das grandes lutas do Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base. Mas não basta ouvir, é necessário fazer. Transformar esta extraordinária energia em realizações para todos.”
Dilma informa que as ruas “questionam, sobretudo, os limites e os graves problemas da nossa democracia representativa. Eles querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular, que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar.”
Um plebiscito, eis o que desejam as mais de 1 milhão de pessoas que deixaram suas casas para marchar rente ao meio-fio. O segundo mandato de Dilma será terrivelmente extraordinário. A presidente proclama que o primeiro ciclo foi ótimo. Ela informa que as ruas não perdem por esperar.
“Juntos, eu, Lula e vocês, ouvindo as ruas, como sempre fizemos, continuaremos a construir um Brasil melhor. Nós apenas começamos. Afinal, o Brasil que as ruas sonham é o Brasil com que sonhamos. Um Brasil de todos, para todos e construído por todos os brasileiros.”
A julgar pelas últimas pesquisas de opinião, a maioria dos brasileiros passou a enxergar Dilma como uma presidente surda. Pode ser. Mas a presidente é uma surda sábia. Tomada pelo conteúdo da carta, ela acredita piamente em tudo o que não ouviu.

Fonte: Josias de Souza

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