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domingo, 14 de julho de 2013

DIAS DE VIDRAÇA. POR LAURITA ARRUDA.

Dez dias se passaram do episódio que quase trouxe abaixo este Território Livre. Questionamentos não faltaram; “por que não falar nas caronas do avião da FAB, que levou o presidente da Câmara ao Rio de Janeiro?”
Resposta simples: não haveria como tratar o assunto com a isenção e distanciamento praxe deste blog. De estilingue à vidraça, a escolha pelo silêncio.
Este espaço – ainda que livre e democrático – não poderia se transformar em palco de ataques, defesas, teses e pontos de vista de um tema tratado por quem de direito na esfera adequada: o deputado Henrique Eduardo Alves.
Podendo agora voltar a falar como jornalista, cabe a mim compartilhar experiência e aprendizado de ser mira. Um novo olhar como profissional, leitora e mais importante: ser humano.
Às críticas bem fundamentadas, coerentes e respeitosas dos colegas mais contundentes, minha admiração. À solidariedade verdadeira e acolhedora de outros tantos, nem se fala, minha eterna gratidão. Aos que sempre esperaram – e torceram – por uma razão para jogar a primeira pedra, a compreensão ao exagero inconsistente, sem disfarce.
E aos que se esconderam atrás de perfis falsos na grande rede? A esses meu eterno desprezo e piedade por não conseguirem assumir suas próprias opiniões e sentimentos.
Fakes não me calaram no passado, agora muito menos. Para eles, vou aguardar as consequências inexoráveis dos crimes praticados. Mesmo os já identificados, com motivações tão mesquinhas. Ah, as reveladoras frustrações…
Nos dias de vidraça silenciosa, fiz faxina com lupa sobre os dias mais polêmicos no passado deste TL . De resultado, a certeza que o respeito à verdade e à intimidade de cada um jamais foi violado. Agora, a consciência maior que as falhas são inerentes ao gênero humano. Com imagem pública, inclusive.
A palmatória do mundo finalmente guardada no porão. Aliás, de onde nunca deveria ter saído, pelo simples fato de não ser boa conselheira. Seja bem-vinda, experiência curtida na dor!
Nos dias de vidraça mais embaçada, escutei de Antônio (10) a solução perfeita à jornalista que não conseguia escrever:
- ”Mãe, você queria mesmo era uma máquina do tempo, né?”
Sem dúvida. Para fazer diferente e voltar à rotina e ao conforto do estilingue em punho.
Escutei ainda que a saída para minha dor de vidraça seria assumir essa condição imposta pelo destino como escolha excludente à paixão profissional: – “São incompatíveis..!”
Não discordei, nem tampouco me convenci. Como deixar a vocação maior, a motivação de vida por convenções impostas sabe-se lá com quais e reais interesses?
Resolvi continuar. Decisão que passa por essa Conversa de Domingo. Hoje quase uma catarse. A verdade. Sempre!
Sim, esteTerritório Livreé escrito por uma jornalista que ama, acerta e erra, que tem família, filhos, pai, mãe e irmãos.
Laços reais, claros e transparentes. Os nós, aqui e acolá, de quem vive a vida simplesmente, porém com a tranquilidade de quem não tem amarras de quaisquer outra natureza.
Esse sempre nosso maior compromisso e por isso mesmo a credibilidade conquistada dia a dia, post a post durante cinco anos com responsabilidade e a interatividade própria do meio.
* Quanto a Antônio, hoje posso responder a ele com tranquilidade, que máquinas do tempo não existem. Que a vida nos traz surpresas e dissabores para aprendermos e valorizarmos o aconchego da família, dos amigos verdadeiros e da realidade de quem sempre pautou suas atitudes em princípios inabaláveis. Isso não há quem apague. Nem as grandes e reais turbulências.
Última certeza que, com humildade, tenho. E afirmo. Hoje, melhor do que ontem…

Fonte: Laurita Arruda é jornalista e editora do Território Livre/blog do Carlos Santos

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