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sábado, 15 de junho de 2013

MARINA COMEMORA APOIOS E DIZ QUE VAI AO STF CONTRA PROJETO QUE PREJUDICA O REDE.

Em evento que marcou as 500 mil assinaturas do novo partido, ex-senadora disse que base governista pode 'protelar' análise de projeto em manobra para evitar anulação pelo STF.

Em evento para marcar as 500 mil assinaturas recolhidas para criação de seu novo partido, o Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva disse neste sábado (15) que deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) se o projeto de lei que limita as novas siglas não for alterado no Senado. “Além de ser inconstitucional, havia um atropelamento do processo, ele não passou pela CCJ (comissão) da Câmara, ele não passou pela CCJ do Senado (...) Agora já tem uma manifestação de vários ministros em relação à inconstitucionalidade do mérito.
Marina elogiou o voto do ministro Gilmar Mendes, que defendeu barrar a tramitação do projeto de lei. A maioria dos ministros do STF, no entanto, entendeu que não é prerrogativa da Corte interferir em propostas ainda em discussão no Congresso, como é o caso da lei dos partidos. A ex-senadora teme uma ação protelatória da base governista no Senado. “(Eles podem) criar uma situação de ir até uma reta final, sem aprovar para que o Supremo não tenha tempo de fazer a apreciação do mérito da Adin”, afirmou.
Para ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral, a Rede precisa coletar 500 mil assinaturas, meta atingida nessa semana. Apesar do número, os coordenadores do novo partido são cautelosos e já trabalham para angariar mais 300 mil apoiadores até o próximo dia 7 de julho, considerado a inviabilidade 40% das fichas, principalmente por terem dados insuficientes. O evento reuniu representantes de Estados, movimentos sociais e religiões que apoiam Marina. Os deputados federais Walter Feldman (PSDB) e Domingos Dutra (PT) estiveram presentes. Entre os convidados a falar, estava José Afonso da Silva, ex-secretário de Segurança do ex-governador tucano Mário Covas, para quem as manifestações recentes indicam que o País está despertando para "uma crise cuja dimensões ainda não temos condições de prever".
Manifestações
Marina também declarou apoio às manifestações que têm acontecido em diversas capitais brasileiras contra o aumento das passagens de ônibus, desde que elas sejam "pacíficas", e disse que os governos estão despreparados para receber as novas reinvidicações da sociedade.
"Eu acho que há um despreparo para lidar com esses movimentos de novo tipo, esses movimentos não têm um centro, não têm um comando que possa negociar pelo movimento. A lógica toda era de que você tinha ou um sindicato, ou uma organização estudantil, ou algum líder carismático que estava à frente do processo. Esses movimentos são autorais, e são autoconvocatórios, portanto a resposta tem que ser para o conjunto do movimento, de forma clara e objetiva", disse.
Realidade econômica complexa
A ex-senadora criticou a atuação do governo federal para estimular o crescimento econômico e combater a inflação, além de criticar a forma com a qual os atuais governos lidam com os movimentos sociais. Para ela, é importante evitar o "discurso fácil" de que o Brasil é uma ilha.
"Estamos vivendo um momento delicado de uma crise econômica global e o Brasil não está imune a esta crise", declarou. "Medidas que têm fim puramente imediato, com agenda eleitoral, não darão conta dessa realidade complexa porque tem algo bem mais difícil. Estimular o consumo quando a capacidade produtiva do país já está a pleno vapor significa que tem um esgotamento dessas formulas", defendeu.

Fonte: Natália Peixoto - iG/Último Segundo
Foto: Natália Peixoto / iG São Paulo

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