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quinta-feira, 16 de maio de 2013

IMPASSE NA MP DOS PORTOS PROVOCA TROCA DE FARPAS ENTRE ALVES E PETISTAS.

O impasse em torno da votação da Medida Provisória dos Portos potencializou ainda mais na madrugada desta quinta-feira (16) o racha entre PT e PMDB.
Há mais de duas horas trabalhando em busca de quorum para concluir a análise da proposta, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder do PT, José Guimarães (CE), trocaram farpas no plenário da Casa.
Chinaglia indicou que a base aliada teria se desmobilizado porque Eduardo Alves deu orientação errada apontando que a verificação de presença não ocorria mais após a conclusão das sugestões de mudanças no texto. A oposição, no entanto, pediu para conferir o quorum na votação da redação final do texto da medida provisória. A manobra regimental bloqueou o fim da votação.
Eduardo Alves reagiu e disse que a responsabilidade pelo impasse era da base que não tinha se mobilizado para garantir a aprovação do texto.
O líder do PT também usou a tribuna para atribuir ao presidente da Câmara o atraso na conclusão do texto. Para ele, a oposição foi beneficiada por Eduardo Alves.
Ao longo do dia, a oposição, com ajuda de parlamentares do PDT e PTB, dificultou a votação, pedindo verificação de quorum, apresentando requerimentos e novas propostas de modificações.
"A interpretação do regimento favoreceu o regimento. A oposição impôs lógica que a partir da interpretação vai inviabilizar a apreciação da medida provisória", disse Guimarães.
Na cadeira da Presidência, Eduardo Alves reagiu. "Não favoreceu a oposição. Fui no regimento, não me afasto um milímetro do Regimento. Não posso aceitar esse tipo de avaliação", afirmou Cunha.
Com um duro discurso, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), subiu o tom e defendeu Eduardo Alves. Segundo Cunha, o PMDB e o presidente da Casa estão empenhados na aprovação do texto e não tinha que mobilizar aliados para ouvir "desaforo".
Ele voltou a disparar ataques contra a articulação política do governo. "Há problema de articulação política sim. A consequência vai ser a perda da medida provisória", disse.
Para o peemedebista, se a medida perder a validade, o que ocorre à meia noite de hoje, o mundo não vai acabar. "Ninguém vai morrer, o mundo não vai acabar, o porto não acabou. Não vamos colocar o fim do mundo. Esse dia, essa hora não foi feita por nós".
Chinaglia retomou a palavra e disse que não estava cobrando nada da bancada do PMDB. Ele disse que tinha gente com "sensibilidade a flor da pele".
O líder do governo falou ainda que se sentia "injustiçado" com a condução da sessão.
Guimarães afirmou que PT e PMDB não poderiam se dividir até porque os peemedebistas tinham "ministérios" e os petistas votavam com Eduardo Alves.
Durante a semana, interlocutores do Palácio do Planalto responsabilizaram Alves pelas dificuldades em aprovar o texto. O governo também se desentendeu com o Cunha, apontado como principal entrave para o texto.

Fonte: Márcio Falcão/Folha de São Paulo

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