Movimentos planejam série de manifestações em Brasília para entregar ao Senado, amanhã, abaixo-assinado com quase 1,6 milhão de nomes. Atos estão marcados para 12h, na Esplanada.
É hora de ver se a força das redes sociais se transformará em pressão nas ruas. Nesta quarta-feira, a partir de 12h, grupos contrários à permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado farão atos em Brasília para pressionar o próprio parlamentar e seus colegas a deixar o cargo. Como principal arma, a petição online com quase 1,6 milhão de assinaturas.
O ato é encabeçado pelo Movimento 31 de Julho, do Rio de Janeiro, e por Emiliano Magalhães Neto, autor da petição que obteve o maior número de adesões, além do próprio Avaaz, plataforma de mobilização social em que foi feito o abaixo-assinado.
Para às 12h, será colocada no gramado em frente ao Congresso uma bandeira de 153 metroa quadrados com a seguinte mensagem: "1,6 Milhão dizem: Fora Renan! Será Que o Senado Vai Ouvir?".
Tanto Emiliano quanto o Movimento 31 de Julho, assim como o Avaaz, se dizem apartidários.
Ás 13h, será entregue ao Senado a petição contra Renan.
“Convidamos a cidadania a comparecer com cartazes na Praça dos 3 Poderes às 13 horas “, diz o Movimento 31 de Julho no próprio blog.
Entre os senadores, Pedro Taques (PDT), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), Eduardo Suplicy (PT), Randolfe Rodrigues (PSOL) e João Capiberibe (PSB) já teriam confirmado presença para receber o documento, segundo o Avaaz.
Todos ficaram contra ou são de partidos que se colocaram contra a eleição do político alagoense. O voto, no entanto, foi secreto, então permanece nebuloso sobre como cada um deles de fato votou. Levantamento da Folha de S. Paulo mostra que alguns senadores que votaram em Renan mentiram ao afirmar ter votado no adversário, Pedro Taques.
Supremo
Ainda amanhã, por volta de 16h, será protocolado no Supremo Tribunal Federal pedido para que o ministro Ricardo Lewandowski acelere a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Renan, transformando-a em inquérito no STF.
Ele é acusado pelo Ministério Público de três crimes por ter tentado provar, supostamente com notas frias, que teria dinheiro para manter a pensão de sua filha de um caso extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.
Renan se manifestou
Na última sexta, após semanas de exposição na mídia pela movimentação nas redes sociais, Renan Calheiros se manifestou pela primeira vez sobre a petição online, que disse ser “saudável”.
Fonte: Marco Prates/Exame.com
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