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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

PREFEITOS DECRETAM "EMERGÊNCIAS" EM MEIO A DÍVIDAS E CAOS ADMINISTRATIVO NO INTERIOR.

Vencer uma campanha eleitoral contra o atual gestor municipal ou o candidato apoiado por ele pode não ter sido o momento mais difícil até agora para aqueles recém-empossados no interior do Rio Grande do Norte. Isso porque muitos novos administradores encontraram uma situação administrativa e financeira tão difícil nas prefeituras que tiveram que decretar situação de emergência na cidade. Touros, Taipu, Caiçara do Norte, Caiçara do Rio do Vento, São José do Mipibu e Nova Cruz são exemplos disso.
É importante ressaltar que em todas essas cidades, os problemas encontrados pelos novos gestores não dizem respeito apenas as questões financeiras. Os prefeitos reclamam também da desorganização administrativa, com o sumiço de documentos e processos da gestão municipal.
Em Touros, cidade litorânea localizada a 87 quilômetros de Natal, por exemplo, o novo prefeito Ney Leite, do PSD, afirmou ter encontrado uma “situação caótica, precária e sem estrutura” na administração municipal. Ele substituiu Luciana Farias, prefeita a quem fez oposição durante toda a última legislatura (Ney era vereador) e não teve outra escolha a não ser decretar situação de emergência administrativa e financeira na cidade por 90 dias.
Segundo Ney Leite, na maioria dos setores públicos do Município não havia dados, arquivos, documentos, materiais, controles, omissão na continuidade dos serviços públicos essenciais, como a falta de contratos e aditivos. Até mesmo processos administrativos licitatórios em andamento desapareceram.
Claro que essa não foi a única medida tomada por Ney Leite. O novo prefeito também instituiu neste início de gestão o livro de ponto por unidade operacional, como forma de acompanhar o nível de assiduidade de todos os servidores dessa área; e determinou aos servidores municipais, com desvio de função, devem retornar e se apresentar, imediatamente, às suas repartições de origem, sob pena de suspensão do pagamento e aplicação das sanções disciplinares cabíveis.
Contudo, Touros foi apenas uma das cidades a decretar a situação de emergência. Em Taipu, a 50 quilômetros da capital do Estado, o novo prefeito Ariosvaldo Bandeira, conhecido como Louvado, também do PSD, decretou situação de emergência na cidade, em caráter administrativo e financeiro, pelo que ele classifica como “descontrole administrativo provocada pela administração do ex-prefeito Sebastião Ambrósio”.
Com a atitude, Louvado espera amenizar os problemas encontrados na prestação de serviços essenciais a população, como saúde, educação e infra-estrutura básica. “Ficam rescindidos todos os contratos realizados pela administração municipal, através de suas várias unidades financeiras e administrativas, cujos efeitos financeiros se derem em desacordo com a Lei Eleitoral”, afirmou o prefeito Louvado, em decreto publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.
Por sinal, o decreto assinado pelo prefeito de Taipu é bem parecido com o que o DOE publicou no início da semana, de autoria do novo prefeito de Nova Cruz, Cid Arruda. O gestor municipal do PSB, que voltou a prefeitura depois de derrotar o prefeito Flávio Azevedo, do PMDB, que inclusive foi apoiado pela governadora Rosalba Ciarlini, do DEM. Cid Arruda, em matéria já publicada pel’O Jornal de Hoje no início da semana, retornou ao cargo de prefeito de Nova Cruz (cidade que já administrou duas vezes) reclamando de não ter recebido informações durante o período de transição de administrações.

Fonte: Ciro Marques/Jornal De Hoje

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