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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

DO JORNAL. DO COMMÉRCIO. VALE A PENA LER.

CORRENTES E EXU, AS CIDADES MAIS DIVIDIDAS.

Prefeitos dos dois municípios, um no Agreste e outro no Sertão, iniciaram gestões após vencer por um voto de diferença.

O que diz um prefeito que se reelege por um voto? E o que pensa um prefeito que perde a reeleição por um voto? E o que alegam os oposicionistas, quando estes ganham ou perdem a disputa por um voto? Tais indagações passam pela cabeça de quem se depara com a inusitada notícia de que duas eleições no seu Estado foram definidas por um voto. Mais do que nunca, os municípios de Correntes, no Agreste Meridional, e Exu, no Sertão do Araripe, justificaram o eterno slogan da Justiça Eleitoral, que a cada dois anos convoca os eleitores para irem às urnas nas eleições municipais. “Participe. O seu voto pode fazer a diferença”. Que o digam os novos prefeitos destas cidades, que há doze dias iniciaram nova gestão, tendo que lidar com uma população muito dividida. Os números da disputa mostraram isso.
Com 10.023 votos, Léo Saraiva (PTB) foi reconduzido para mais quatro anos à frente da Prefeitura de Exu, no Sertão pernambucano, derrotando por um voto o ex-prefeito Jailson Bento (PSB). A eleição ainda contou com um terceiro candidato, Nelson Peixoto (PSD), que acabou rompendo com o grupo de Jailson e lançou a candidatura. Ele obteve 188 votos. A presença do pessedista é um dos motivos sugeridos por Jailson para explicar a apertada derrota eleitoral.
O prefeito de Correntes, Nivaldo Júnior (PR), não teve a mesma sorte que Saraiva, e foi derrotado pelo vereador Edimilson da Bahia (PSB). O socialista obteve 4.621 votos, um a mais que o republicano. Com isso, seu grupo político deixou a prefeitura após 20 anos. Acusações de ambas as partes marcaram uma campanha, que culminou em vitória suada da oposição e uma transição elogiada pelos dois candidatos. Porém, os mesmos não trocam palavras entre si, e o futuro prefeito sequer aguarda o comparecimento do atual na cerimônia de transmissão de cargos no dia 1º.
Suspense, aflição, alívio, frustração. Estas emoções rodearam a totalização dos votos nas duas cidades, como confessaram os quatro personagens envolvidos diretamente nestas duas acirradas disputas eleitorais. Entre os vencedores, a ideia de que “é melhor vencer por um voto do que perder”. O discurso religioso do “Deus quis assim” também fez parte das explicações, evidenciando a fé dos interioranos.
No lado que sofreu o revés, lamentações, justificativas e histórias um tanto curiosas, como a dos amigos que não foram votar porque achavam que a eleição já estava decidida em favor daquele candidato que acabou perdendo. As tais “peças que o destino pregou”, em alusão a amigos que adoeceram ou faleceram às vésperas do pleito, também marcaram presença no rol de declarações.

Fonte: Jornal do Commércio (PE)

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