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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

BANCADA POTIGUAR NA CÂMARA FEDERAL CUSTOU MAIS DE R$ 5 MILHÕES EM 2012.

Um deputado federal recebe, de salário, exatamente R$ 26.723,13, assim como senadores, os ministros do Supremo Tribunal Federal, presidente e vice-presidente da República e ministros de Estado. Contudo, nem de perto esse é o valor máximo que muitos deles têm a disposição todos os meses. O exemplo está nos parlamentares potiguares que integram a Casa Legislativa. Nos 12 meses do ano passado, praticamente todos dobraram seus rendimentos por meio da verba indenizatória, conhecida também como cota de apoio a atividade parlamentar. Para se ter uma ideia, cada um dos oito deputados federais potiguares consumiu mais de meio milhão no ano passado entre salários e essa tal “cota”. Somado, o gasto público só da bancada do RN superou os R$ 5,3 milhões.
Isso porque somando os 12 meses de salários, os deputados federais custariam, cada um, R$ 347 mil por ano. Contudo, com as verbas indenizatórias, todos os da bancada potiguar ficaram acima dos R$ 640 mil anuais. Felipe Maia, do DEM, por exemplo, foi o que menos gastou de cota de apoio e ainda terminou 2012 representando R$ 643 mil de “despesa” para os cofres públicos.
Por sinal, o democrata foi uma economia para a Câmara Federal se comparado a outro parlamentar da bancada potiguar: Paulo Wagner, do PV. Isso porque o deputado “verde” foi o que mais gastou da verba indenizatória em 2012. Chegou a R$ 710,5 mil, quase R$ 60 mil a mais que o deputado Felipe Maia. E vale ressaltar que nem todas as despesas com relação a cota parlamentar de dezembro foram computadas até o momento.
Além disso, apesar de ter considerado já os valores pagos com relação ao 13º salário dos deputados, este somatório de R$ 5,3 milhões – nem os valores atribuídos a Felipe Maia ou a Paulo Wagner – não computou o 14º salário, que foi pago em dezembro e é proporcional ao comparecimento dos parlamentares em sessões deliberativas, aquelas onde são realizadas votações. Segundo a assessoria da Câmara dos Deputados, os parlamentares que compareceram a até 75% das sessões recebem o valor total bruto do salário extra, que é de R$ 26.723,13. Não se considerou, ainda, o 15º, que será feito aos parlamentares junto com o salário de fevereiro. O pagamento, neste caso, é feito de forma integral a todos os parlamentares, no valor bruto de R$ 26.723,13.
De qualquer forma, com os valores já computados, é possível fazer algumas comparações. Por exemplo: em setembro do ano passado, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte abriu concurso para o cargo de professor com salários de, até, R$ 7,627. Isso quer dizer que, por ano, cada um custaria R$ 99.151 aos cofres públicos – considerando apenas os 13 salários pagos anualmente. Dessa forma, pode-se dizer que só a verba consumida pelos deputados da bancada potiguar na Câmara poderia custear os vencimentos anuais de 55 professores universitários. Só Paulo Wagner representou o mesmo que sete educadores do ensino superior.
Em outro cálculo possível, nesse período de seca no Rio Grande do Norte, poderia também ser dito que o valor consumido pela bancada federal poderia ser usado para a construção de mais de 2,341 mil cisternas de concreto (que custam R$ 2,2 mil cada), que são uma das principais ferramentas contra os prejuízos causados pela estiagem. Só o valor que Fábio Faria, do PSD, gastou com cota de apoio, poderiam ser construídas 158 cisternas.

Fonte: Ciro Marques/Jornal de Hoje

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