Sabemos que o pilar da nossa sociedade é a educação. Desde criança convivemos e aprendemos com nossos professores conhecidos também como “tios” e “tias”, eles são nossos mestres que nos acompanham desde a pré- escola até a faculdade e nos transmitem boa parte dos nossos conhecimentos. Hoje percebemos ao invés de reconhecimento e prestígio dessa profissão, uma grande falta de consideração, uma parcela de políticos do nosso país visa apenas o seu próprio bem-estar, e esquecem totalmente da educação.
Falando de um caso mais específico, citamos o de Serrinha dos Pintos - RN, cidade que muitas pessoas podem nem conhecer, já para outras é de lá que provém a sua fonte de renda pra cuidar de sua casa e de seus filhos. Essa cidade, é administrada por pessoas incapazes de compreender que sem os professores dessa nem eles próprios saberiam hoje o ABC, o contar de 1 a 10, nem simplesmente saber ler para votar num projeto que além de ser inconstitucional, fere pessoas de bem, famílias, filhos, sobrinhos, netos, amigos, comerciantes e etc. Digo isso porque Serrinha é composta por uma só família e tenho absolutamente certeza que todos os cinco vereadores que votaram a favor do projeto foram alunos ou tem filhos, sobrinhos, que estudam em nossa cidade.
Esse projeto simplesmente retira do bolso de cada um dos 62 professores da rede municipal de ensino o equivalente a R$ 400,00 que dá um total de R$ 24.800,00 por mês em circulação de renda em Serrinha dos Pintos. Será que a parcela de vereadores da Câmara Municipal de Serrinha dos Pintos que votaram a favor do projeto sabem o que isso representa em nossa economia municipal? Tenho plena certeza que não, pois nem disso eles entendem. Eles só entendem o que é ser manipulado por um Prefeito, no qual ele diz: Vocês tem que votarem a favor em tal projeto!! E os vereadores da bancada situacionista assim o faz, por que será?
Eu só tenho a dar os "sinceros" Parabéns aos vereadores Zé Galú, Uilaneide, Heider, Rui Morais e Neto de Amós por tirarem de cada residência dos professores a média de R$ 4.800,00 reais por ano. Sabe-se que uma cidade como Serrinha dos Pintos, que não tem uma indústria, não tem uma produção local que gere renda, não há outro meio de viver a não ser um concurso público ou agricultura de subsistência.
Assim, eu acho que na minha pouca experiência de vida e de um estudante de Economia do 6º Período, vejo que R$ 297.600,00 a menos em um ano faz muita falta, não só para cada um desses professores, mas para cada comerciante local de nossa cidade, nos quais tentam superar a cada dia a seca que assola nossa região, não bastasse isso, vêm um grupo de políticos que só fazem aumentar o efeito multiplicador dessa seca com um projeto que não beneficia ninguém, a não ser o Prefeito ou a estes vereadores. Porque o dinheiro vem, o dinheiro do FUNDEB está na Prefeitura. Então, onde ficará todo esse dinheiro? Onde será aplicado? Ninguém sabe até agora, essas são mais algumas perguntas que ficarão sem respostas.
E assim segue a vida de nosso país e principalmente de nossa cidade. Que cada dia investe menos na educação, pois além de não dar incentivos para os professores, seja material, seja na estrutura física das escolas, ou de qualquer outra forma, retiram o pouco do salário que um professor ganha. Por que o salário de um professor vamos combinar, é um dos piores do nosso país. Falo isso com muita indignação, porque meu pai é Professor da Rede Pública Estadual à exatos 29 anos e vejo a dificuldade que ele tem de lidar com o mísero salário que ganha.
Porém, os parabéns verdadeiros vão para esses guerreiros (professores) que lutam a cada dia para construir um país no qual a educação seja a base de um desenvolvimento econômico, pois conhecimento gera resultado. Assim, fica a dica para todos nós: Saibamos escolher os nossos políticos, pois colocando pessoas comprometidas poderemos cultivar melhores resultados!! E Parabéns também aos vereadores Vanzinho, Gilcilene e Nilzinha por estarem não somente ao lado dos professores, mas de todos que acreditam que o futuro de um país é a educação.
E-mail enviado por Ledimar Fernandes Júnior.
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