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domingo, 22 de julho de 2012

ROSALBA PROCURA FORÇA, PRESTÍGIO E CARISMA EM CASA.

Uma pergunta recorrente, que sempre me fazem nos mais diversos círculos de conversas em Mossoró, em que a política é parte do cardápio:
- Rosalba Ciarlini (DEM) vai influir na sucessão mossoroense?
Digo cá o que costumo afirmar lá:
Rosalba continua sendo o nome político, local, de maior apelo popular e populista em Mossoró. Deverá pesar favoravelmente à candidatura da vereadora Cláudia Regina (DEM) a prefeito. Porém hoje é impossível dimensionarmos essa capacidade de transferência, pois ela também carrega o vírus do desgaste.
É preciso que entendamos alguns aspectos dessa influência, descartando do debate manifestações passionais. É impossível tratar do tema imerso em louvação diluviana ou ódio feérico.
Rosalba convive, nesta campanha, com uma situação incomum em sua trajetória política: ela não imprimiu sua vontade na sucessão municipal. Cláudia fez-se candidata contra tudo e todos dentro do seu próprio grupo, a começar por Rosalba, que nunca a quis e sempre lutou para fazer sua irmã e vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM) a candidata. Vencida, a governadora não quer e não pode perder com Cláudia em Mossoró.
Queda
Outro aspecto, é que nesta sucessão municipal, pela primeira vez Rosalba não tem larga aprovação popular de sua cidade. As pesquisas de opinião pública revelam queda livre em aceitação de seu governo.
Saiu de 82 pontos percentuais no primeiro quadrimestre do ano passado, para “aprovado” por 46,50% dos mossoroenses. Outros 41% a “reprovam” e 12,50% são aqueles entrevistados “sem opinião formada” – apontou o Instituto Consult em pesquisa encomendada por este Blog, publicada no último dia 9. A queda livre devastadora aponta uma desnutrição de 36% em pouco mais de um ano.
Em 2004, quando fez campanha em prol da ex-adversária Fátima Rosado (DEM), a quem tinha derrotado nas urnas em 2000, Rosalba tinha cerca de 70% de aprovação de seu governo municipal. Em 1992, quando concluía sua primeira gestão, bateu a casa dos 74%. Em 2004, a eleição de “Fafá” foi relativamente fácil. Já em 1992, Rosalba perdeu com seu vice-prefeito Luiz Pinto (PFL, hoje DEM), em pleito vencido por Dix-huit Rosado (PDT)..
Importante, ainda, se fazer uma leitura e depuração das vitórias obtidas por ela ao Senado e ao Governo do Estado, em 2006 e 2010. É um sofisma barato se atribuir a larga vantagem de Rosalba contra os adversários (veja em boxe abaixo) apenas à sua força eleitoral, prestígio e carisma.
Força eleitoral, prestígio e carisma foram importantes, mas ponha na conta o corpo mole que o grupo adversário colocou na disputa, a favorecendo indiretamente. O chamado “rosadismo” – liderado pela deputada federal Sandra Rosado (PSB) – fez uma campanha “light”, sem molestar a conterrânea e parente.

Eleições ao Senado – 2006 – Mossoró:
- Rosalba Ciarlini (PFL) – 90.660 votos (83.33%)
- Fernando Bezerra (PTB) – 14.049 votos (12,91%)
Eleições ao Governo – 2010 – Mossoró:
- Rosalba Ciarlini (DEM) – 98.964 votos (84,86%)
- Iberê Ferreira (PSB) – 16.043 votos (13,76%)

Concorreu as duas performances de Rosalba em 2006 e 2010, outro ingrediente: o bairrismo do mossoroense. Gente que nunca votou na “Rosa”, o fez. Formou-se um clima cívico. Virou obrigação elegê-la. Era feio votar em outro candidato. “Você não vai votar em Rosalba?” perguntava-se de forma inquisitorial.
Em 2012, a conjuntura e a atmosfera são outras. Dessa feita, Rosalba passa por nova avaliação, a partir do que tem sido seu governo. É uma eleição plebiscitária, para se dizer “Sim” ou “Não” ao seu modelo de governar o Rio Grande do Norte.
Seu marketing, claro, tentará atrair a discussão para outro ambiente, apenas municipalizando a campanha, como se a sua gestão estadual não existisse na prática. De fato, não existe. Não há muito o que se incensar.
A oposição segue em sua malemolência, se equilibrando no arame, num discurso que alveja a administração da prefeita de fato, Fafá, mas ainda é cauteloso com o governo estadual. Parece esperar que a Rosa continue afundando, puxando sua candidata pelo braço. Se o movimento for inverso, terá muito com o que se preocupar.
O teste para Rosalba não é fácil, mas essa mulher já mostrou em outras situações extremadas, que não se enverga facilmente às dificuldades. A concorrência municipal de 2012 é um bom jogo para ser jogado. Ela está em casa.

Fonte: Carlos Santos

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